Muhammad Yunus - o Aristóteles dos pobres. Um deus na terra
O economista Muhammad Yunus, conhecido como o banqueiro dos pobres, é o Nobel da paz 2006, em parceria com o banco Grameen, que criou e ajudou a desenvolver. Nascido no actual Bangladesh, terceiro filho de uma família relativamente abastada, Muhammad Yunus estudou nos Estados Unidos mas regressou à sua terra em 1974. Yunus começou então a dar aulas de economia, na universidade, mas depressa se apercebeu de que as teorias que ensinava eram inúteis para resolver o problema real que tinha diante de si: pessoas muito pobres, sem possibilidades de obterem os meios para sairem dessa pobreza, porque ninguém empresta dinheiro a quem não tem garantias para dar. Para resolver o problema, Yunus decidiu criar um banco para emprestar aos pobres, nomeadamente às mulheres que quisessem empreender e criar o seu negócio. Assim nasceu o Grameen Bank, em 1976, que após duros começos demonstrou – ao longo dos 26 anos de existência – que conceder crédito aos pobres era a melhor solução para os ajudar a sair do estado de pobreza. Em Novembro de 2001 o Banco trabalhava em mais de 40.000 aldeias, mais de metade das aldeias do Bangladesh, com mais de 68.500 centros de atendimento, e com um corpo de mais de 13.000 colaboradores, distribuídas por 1.171 filiais.
Uma das vitórias mais bonitas da Globalização Feliz é feita por M. Yunus. O microcrédito é uma alavanca, um instrumento..., mas a finalidade última é a eliminação da pobreza no Oriente e também em todo o planeta. Pergunto-me se a dona Branca tivesse tido um estágio mais profissional na década de 80 com este economista - Portugal não estaria hoje menos subdesenvolvido... A resposta veio pronta: uma rede de bancos Grameen em Portugal teriam feito mais do por Portugal do que BES e o BCP juntos. É claro que neste caso as margens de lucro escandalosas que estas (e outras) instituições financeiras arrecadam em Portugal, não seriam assim tão escandalosas. Aqui o Anacleto Louçã do BE tem 110% de razão.
Estranhamos é que este Prémio tenha sido tão tardio, ele é mais do que merecido. Se tivéssemos de dedicar uma nota a Yunus diríamos tão somente o seguinte:
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