Os mimos de Hugo Chaves a G.W.Bush com Noam Chomsky de permeio
AUMENTAM AS VENDAS DE LIVRO DE NOAM CHOMSKY (via Jumento)
Depois de ter sido citado por Hugo Chávez:
- Hoje o mundo testemunhou em vox alta aquilo que o mesmo mundo pensava e sabia em vox baixa: Hugo Chavez, Presidente da Venezuela repetiu pelo menos 3 ou 4 vezes que G.W.Bush é um fanfarrão alcoólico colocado na presidência pelo pai e que também é um pouco atrasadote, além de diabo - sob a forma humana. Grosso modo, este é o diagnóstico que o mundo faz do líder da maior superpotência do mundo. Mas são daquelas verdades que o mundo também dispensava ouvir. Porque entre o passado do sr. G.W.Bush e o passado do sr. Fidel Castro, de quem H. Chavez é íntimo, o mundo racional não hesitaria na escolha. Por vezes quando mandamos um calhau poderemos receber em troca um pedregulho, e em política isto paga-se sempre. Além de que o mundo também já não deve nutrir grandes ilusões: entre a Política e as virtudes há um fosso de permeio, sobretudo na Venezuela que também não é exemplo de democracia (pluralista) para ninguém. Bem pelo contrário, a Venezuela é um país de golpes de Estado, de elevada corrupção, desemprego e de forte intervenção do Estado na economia. Portanto, a autoridade de Chávez para criticar quem quer que seja é zero. E o próprio filósofo da linguagem, Noam Chomsky, mundialmente famoso como linguista do MIT, e assumindo-se como porta-vox da esquerda radical que denuncia o imperialismo norte-americano, criticando jornalistas tendenciosos e atacando a injustiça económica global imposta pelos EUA, também não sai bem da fotografia por parte de quem o recomenda. Noam Chomsky pode fazer mais uns milhares de dólares por vender mais uns milhares de exemplares (via Amazon e não só...) mas será que reforça o seu capital-prestígio sendo citado por alguém que não tem nem prestígio intelectual nem académico nem sequer autoridade política? Cremos que não... Noam pode ser hábil como filósofo da linguagem e criativo na demonstração de que os EUA desprezam as regras do Direito Internacional Público quando entendem que isso corresponde à sua conveniência, mas não se valoriza por aquela recomendação.
- Imagine o mundo que amanhã Fidel Castro desloca-se à ONU para discursar sobre democracia e direitos humanos (o que seria uma heresia, mas depois de vermos Muamar Kadafi presidir à Comissão de Direitos humanos da ONU..., já acreditamos em tudo, até num porco a andar de bicicleta ou a fazer surf), e ao fim 6h. de discurso, resolve citar Zaramago, o único nobel da literatura português que vive no estrangeiro... O que é que o mundo pensaria do sr. José Zaramago? Tenho para mim que certas recomendações são mais mortíferas do que valorizadores, ainda que se capitalize um prato de lentilhas no imediato... Foi o que sucedeu a este aerodinâmico pensador.
<< Home