Algumas das ideias, no seu enunciado geral, integrantes do Compromisso Portugal são tão interessantes para o país quanto velhas. A particularidade é que agora elas são veiculadas por um grupo de gestores e alguns empresários que procuram intervir directamente na fonte do poder para, por essa via, influenciar certos processos de tomada de decisão na esfera pública. So far, so good... Ligado a isto está, naturalmente, o seu mais conhecido promotor do movimento, também conhecido pelo "fura-impostos": o sr. Carrapastoso. O qual se arrasta pelos écrans das tvs dizendo banalidades, mundanidades gestónicas de que Portugal está a divergir, blá-blá-blá... Aquilo que qualquer estagiário em coisa nenhuma dirá numa conversa de café vai o sr. "Voda-voda" repetir para as tvs em horário prime time. Isto é admirável!!! Suponho até que aquilo que ele repetiu se diz num daqueles cursos de formação rápida de operadores de telemarketing que funcionam em condições verdadeiramente lastimáveis na empresa de que aquele senhor é alto (ir)responsável. Mas vamos ao detalhe, já que na globalidade a peça é conhecida. E no detalhe aquilo que o "objecto de luxo" do sr. Carrapastoso diz é mais ou menos isto:
o Estado tem abater 200 mil cabeças, a educação tem de ser melhor e mais eficiente, a justiça tem de julgar com celeridade e ser ecomicamente friendly, a burocracia tem de ser amiga do cidadão e não colocar entraves, os impostos têm de baixar para atrair mais e melhores investimentos e, assim, criarmos mais riqueza, emprego e desenvolvimento. Então mas não é isto que qualquer governo da Europa democrática quer e deseja!?
Julgo que o que o sr. Carrapatoso deseja é ser PM de Portugal, tamanho é o amor que ele reiteradamente dedica ao País a partir daquele Convento. Nesse caso, faça o favor de sair da sombra dos claustros do Convento do Beato, elega Sócrates como adversário político e apresente-se a eleições, porque, pelos vistos, programa eleitoral já tem. Mais uma vez o sacrificado é M.Mendes, especialmente depois deste Pacto da Justiça apadrinhado por Belém. Em todos os processos e dinâmicas sociais há sempre um borreguinho que tem de ser sacrificado. Não é justo que seja sempre o mais pequeno.
<< Home