quinta-feira

O mistério do Tabac

Quem não conhece este aroma que se mande ao rio... É uma fragância já antiga, mas muito fresca, bravia e agradável para quem ainda consegue cheirar algo ao longe. Uso-a há mais de 20 anos... E a relação que tenho com a dita fragância é semelhante à que um alcoólico empedernido tem com a sua garrafeira. Se tiver muitas garrafas de "Viski" abertas pode dizer aos amigos que nunca bebeu nenhuma até ao fim. Ora é assim a minha relação com este "refresco" da Natureza para Homem. Como uso mais três ou quatro aromas, a coisa foi-se atenuando e volvidos 20 anos (eu disse 20 anos!!!), talvez ainda antes de Cavaco ir à Figueira-da-Foz rodar o Mazerati - que guardo o dito frasco. E desde então vou pondo-utilizando-pondo-e-utilizando. Mas tenho posto tanto ou tão pouco que hoje, no III milénio, aquilo ainda jorra gotas. Ora é aqui que ressalta o milagre: ninguém o enche, não acredito em bruxedo - pergunto-me como é que é possível ainda haver "carburante" dentro daquele frasco. Tenho evitado falar disto para não me catalogarem de xé-xé, mas a verdade é que a admiração e supresa já virou preocupação. Ando, pelo menos, a adiar este fait-diver há 5 verões, e como ainda tenho "óleo" - vou-me calando. Já pensei que é o frasco que se está diluindo no seu revestimento interior misturando-se com o próprio produto, mas nesse caso a fragância sairía deteriorada, o que não sucede!! Busco respostas e só encontro paradoxos e incertezas. Há dias, para fazer o paralelismo, recuperei um mealheiro de criança para ver se o "milagre" do Tabac se repetia, mas não. Depois de partir o mealheiro constatei que estava vazio...
  • Comentário de um amigo via mail:

Sabes que eu tenho um frasco de perfume Chanel com o qual tenho uma relação semelhante!? Há séculos que o comprei e ainda jorra aquele aroma que está no top das minhas preferências. Acho que vou agora mesmo buscá-lo para me sentir melhor, e de seguida vou escrever um pouco sobre ele.