Metáfora do conflito no MO: as duas sinagogas
Conta-se que Robinson Crusoé era judeu, o que é pouco sabido. Um dia, após todos aqueles anos de solidão, avistou um barco que passava perto da ilha e dirigiu-lhe sinais. Viram-no. O capitão mandou descer uma chalupa com alguns homens e foi a terra. Crusoé explicou-lhe a sua triste situação e pediu que o levassem a Inglaterra. O capitão, que era inglês, aceitou.
- Entrai para a chalupa - disse-lhe ele.
- Antes de partir, gostaria - disse Crusoé - de vos mostrar as minhas instalações. Dais licença? Passei muitos anos na minha ilha. Isso só nos levará alguns minutos.
- Com todo o gosto - respondeu o capitão, que era um homem cortês. Crusoé conduzio-o ao interior da ilha.
- Aqui, vede, temos a minha habitação principal. Com a minha primeira paliçada. Ao lado, o curral de cabras, depois a sinagoga. Alí adiante, o estábulo, a vinha e a segunda sinagoga.
- Pedrão - diz o capitão algo surpreso - mas estais realmente sozinho nesta ilha?
- Completamente só.
- Nesse caso, porque construistes duas sinagogas?
- É muito simples - disse Crusoé. - Há a sinagoga a que vou e aquela a que não vou.
- E era sobre isto que os actuais responsáveis políticos e militares que actualmente alimentam o conflito israelo-árabe deveriam meditar. Já agora, o imberbe do sr. bush também o deveria fazer para se cultivar um pouco e não passar 8 anos na White House vociferando bacuradas apenas suportadas porque dirige a maior superpotência do mundo. E a força, por vezes, é a pior conselheira além de tolerar as maiores barbaridades no lado do inimigo, é claro!!!
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