sexta-feira

A memória do tempo, de autocarro

Os pensamentos são como as cerejas... Ctt, autarquia de Lx, a billha da polaca, o Homem da Regisconta e, voilá, o 20 que vinha das Olaias/Picheleira - Av. João XXI, Praça de Londres, Técnico, Ponta Delgada - onde o surfava -- Estefânea... e por aí fora.. até ao Mª Amália Váz de Carvalho. Andar naquele 1º andar era então mais seguro do que hoje ser munícipe de Lisboa. Deve haver algo de errado no tempo porque nunca mais vi estes autocarros - que os rapazes gostavam muito de subir até ao 1º andar - e daí ver as vistas. Cada curva poderia originar uma cabeça partida, um joelho esfolado, mas, ainda assim, eram muito seguros. Que me lembre não há memória de nenhum ter capotado. Parecia um cágado em período fértil, quer dizer, cágados copulando. A minha homenagem para eles - também filhos duma Lisboa da década de 80 - na altura gerida pelo engº Nuno Kruz Abecassis - matemático brilhante e não há memória que fosse trafulha ou corrupto.