Retratos de Portugal - ao serão
- Os que ainda não estavam seguros - como a refinaria de Sines e a Central Nuclear - partiram antes de assentar arraiais e criar empregos e riqueza;
- O Sr. Manel Pinho finge que pensa enquanto fala com aquela vox de bagaço empedernido mais parece um autómato da década de 70 quando ainda mal se falava de robótica. Lembra também aqueles anjos caídos nas paredes amareladas das igrejas velhas a precisar de reforma, depois fala em economia e em quadros-positivos para estancar a desgraça e negoceia como negoceia no caso da refinaria de Sines;
- Sócrates prega a retoma e dá baile na AR, ofende MMendes e põe no sítio os rapazes da direita do cds-pp teleguiados por Paulinho das feiras até que a Sic de bolsa-na-mão lhe pague a avença;
- A dona Constância, em directo do Banco de Portugal - onde os administradores se governam e se reformam a tempo, faz o jeito manipulando estatísticas até mais não poder, há muito que perdeu a face. Nem já a família acredita nele e o cão jão não lhe obedece nem reconhece;
- O povo dorme encima da classe média que se estiola na miragem do oásis do adiantado mental deste pré-Verão, e vitupera quando acorda dessa letargia económico-financeira povoada de crises múltiplas;
- E, por fim, o sr. prof. Cavaco Silva - num traço de genialidade epistemológica, reinventa a tradicional fórmula do pensamento económico nipónico com que os japoneses vendiam hondas nos EUA para nos vir agora falar de Pensar global, agir global!!!
- E logo nós, que nem com uma gata pelo rabo podemos!!!!
- Vejo, leio estes homens que nos desgovernam neste país das maravilhas e penso que estou assistindo a uma sessão de marketing em que o vendedor procura, a todo o transe, vender pentes e loções Restaurador Olex. Mas tudo isto comporta um pequeno problema: o vendedor é completamente calvo. E, assim, torna-se difícil as pessoas acreditarem.
- Eis mais um retrato de Portugal
- Macro-despacho: afixe-se à entrada e saída das fronteiras de Portugal. Mas os Outdoors têm de ser gigantones para companharem o novel lema luso-nipónico segundo o qual temos de Pensar global, agir global. Temo bem que foi por causa destas grandezas da tanga que muitos empresários abriram falência mais depressa. Os mesmos que depois se viraram para Estado-padroeiro dos desvalidos deste up-grade do pensamento (único) nipónico. Receio bem que se os pensadores japoneses souberem deste pelágio nesta rectângulo da penínsulo vamos ter caso: ainda processam Belém por violação de direitos de autor e de propriedade intelectual. Um tema a seguir atentamente nos tribunais da novel gramática política do Palácio Rosa, alí ao lados dos Pastelhinhos de nata.
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