Pergunte-se ao "Sobre o tempo que passa" quem são essas "vacas sagradas" das castas lusas...
Há dias estranhos a anteceder o Verão. Abrimos a janela virtual e deparamo-nos com vacas e cartas a Zapatero. Vistas estas perguntamos agora a José Adelino Maltez de que vacas sagradas ele nos estará aqui a falar em dois trechos que citamos do Sobre o tempo que passa:
"Analisando as questões dos selos iberistas, reparo que a consultadoria é emprego que se ganha depois de se ter sido ministro de Estado, pelo que talvez fosse de exigir aos que os exerceram tal missão em nome do povo, que fizessem uma declaração pública, não do que entra na respectiva conta bancária, mas das funções não públicas que passam a exercer depois de colocarem no bengaleiro das tralhas o tal chapéu de funcionário da comunidade. Não para que os senhores polícias, magistrados e juízes os accionem criminalmente, de acordo com as leis que os da casta superior fizeram ou poderiam fazer, mas para que o senhor povo, que somos nós todos, possa avaliar cívica e moralmente os pretensos vacas sagradas.
Saudamos, portanto, as nomeações do presidente Cavaco para os supremos conselhos da comenda, nesta sociedade da corte e da prebenda, onde há uma relação directa entre o berloque e a sinecura, face a esta "network" de cunhas e vaidades, onde acaba por ser predominante o processo do habitual curto-circuito. Típico desta democratura de intermediários intocáveis".
- Nota: Afixe-se na varanda da Rua da Junqueira e mande perguntar-se a Belém qual ou quais os critérios das ditas nomeações. Quanto às nomeações de M. da Cruz no âmbito do grupo do Sr. Figueiredo de "Biseu" - da Afinsa - só podemos aqui dizer que os critérios são sempre os mesmos: isenção, competência e transparência. Parece que foram esses os critérios que também presidiram à tentativa de ingresso da neta do actual reitor da Universidade Lusíada quando a dita pretendia entrar para o curso de medicina na universidade portuguesa. Foram, infelizmente, por causa dos mesmos critérios que dois ministros do sr. Durão se demitiram. O problema é sempre o mesmo: os critérios. É caso para se dizer quando uns critérios não prestam elegem-se outros. E quando não há critérios há amigos, afinal, o melhor de todos os critérios. A ser válido, isto prova que é o homem que faz o critério e não o critério que faz o homem. Quando a coisa funciona mal e se descobrem as maroscas vai tudo para o olho da rua ante a pressão (do critério, lá está!!!) da opinião pública - que nem sempre coincide com a opinião publicada. Mas, naturalmente, tem de haver sempre critérios.
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