UMA ASSEMBLEIA DE HETERÓNIMOS, UMA ASSEMBLEIA DE PEDINCHAS: O DIA DA EUROPA
Hoje os 400 melões de tugas europeus vão todos ao Martinho da Arcada celebrar, na companhia do grande Fernando Pessoa, o Dia da Europa. Parece que as obras de ampliação do famoso Café - para receber tanta gente - até já começaram às 6 da manhã. Nós somos assim, planificamos tudo. As auto-estradas, os hospitais, os centros culturais, a maternidades, a salas de chuto, os subsídios mais variados às pescas, agricultura, indústria, às pontes, montes e vales, tudo e todos estarão alí de mão esticada no Terreiro do "Pasço" - pedindo mais cultura, mais Europa, mais subsídios, mais quadros comunitários de apoio, mais-mais. Ah, e alguns trouxas, para mostrar que são culturalóides, levam também o livrinho de G. Steiner debaixo do suvaco para transpirarem alta kóltúra. O sr. Steiner agradece, sempre se vendem mais uns milhares de exemplares (um pouco como os livros do Zaramago - que para nada servem, nem para ler!!), e parece que o prefaciador, que da Europa pouca ou nada consegue fazer, mas lá prefácios é com ele. O sr. Durão, em regime de parceria com o sr. Steiner, também agradece. Faz-lhe bem ao ego, já que não consegue fazer bem à Europa a que preside. Por isso, hoje a Europa de Steiner é distribuído como "milho" aos pombos, como diria o genial Fernando Alves nos Sinais da TSF, - por entre copos de três e grandes bebedeiras. É assim: a Europa sempre andou de mão dada entre o vinho, a kóltura e os subsídios. Sem isso os políticos não conseguem governar, nem os eleitores elegerem os políticos que têm. Viva a Europa em Portugal. E eu que gostaria tanto de dizer Viva Portugal na Europa!!! Viva Portugal no Mundo. E depois o Nandinho Pessoa é que era um alcoólico empedernido...
- Pois, pois, tá-bem, tá-bém!!!
- Sai mais um copo de três para a mesa 4.
- Porque sem o sumo da uva Pessoa também não "poemava".
- Hoje a Europa também não anda sem petróleo...
- Por isso está como está: paralisada para gozo dos chinocas e dos EUA.
- Sai mais um prefácio para mesa do canto de Durão - que agora parece ter mudado de nome, como quem pretende ocultar a identidade e assim fazer esquecer o passado (recente).
- É assim a Europa: um nome, uma capa sem conteúdo, sem sumo nem vinho lá dentro.
- É uma cabeça sem pensamento; um carro sem motor; um corpo esclerosado.
- É a chamada bebedeira no vazio. Mas nem por isso deixa de ser o Dia da Europa...
- Sai mais um Quadro Comunitário de Apoio - para os inválidos neste canto da Europa - para a mesa 7.
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