Refinaria de Sines comprometida
Governo retira apoio à construção de refinaria em Sines. Depois de ter começado por aplaudir o projecto privado de uma nova refinaria em Sines, o Governo de José Sócrates mudou de opinião devido às alterações feitas ao projecto inicial e, neste momento, recusa-se a dar o seu apoio à iniciativa.
Em declarações reproduzidas na edição desta terça-feira do Jornal de Negócios, o ministro da Economia, Manuel Pinho, deixa, desde já, o aviso que «ou o projecto da refinaria Vasco da Gama é reformulado, ou o Governo não está em condições de o apoiar».
Segundo o diário, o Governo fundamenta o chumbo do projecto actual no aumento em mais do dobro (de 2,5 milhões para 6,3 milhões de toneladas anuais) das emissões de CO2; na redução do impacto da refinaria nas exportações nacionais (menos 30% do que os 1,5 mil milhões de euros previstos inicialmente); e nos apoios financeiros reclamados junto do Estado, na ordem dos mil milhões de euros, ou seja, 20% do investimento total, o máximo permitido por Bruxelas.
Entretanto, face à já anunciada recusa de Manuel Pinho, que garante que «Portugal considera prioritário o investimento directo estrangeiro, mas não a qualquer preço», o empresário português Patrick Monteiro de Barros e seus pares, embora respeitando a cláusula de confidencialidade em vigor, terão já comunicado ao Executivo que o projecto inicial previsto para Sines acabou. Isto devido, segundo o Jornal de Negócios, à impossibilidade de cumprir o prazo para a atribuição das licenças administrativas e à recusa do Governo em conceder as licenças de CO2 necessárias, aumentando assim o custo de operação da refinaria.
09-05-2006 8:29:33
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