William Shakespeare, e ao Luís, se não se importa...
Este homem, a par de Camões e de alguns outros, poucos, muito poucos, foi quem melhor conheceu a alma humana. Nem Freud, porventura, hoje os igualaria... Dizia ele:
O mundo é um palco e todos os homens e mulheres meros actores. Entram e saem de cena, e cada um representa muitos papéis no seu tempo...
E em Macbeth diz-se:
A vida é apenas uma sombra inconstante;
Um pobre comediante que se pavoneia e se agita
Durante a sua hora em cena, e depois nada mais
Se ouve dele; é uma história, contada
Por um idiota, cheia de som e de fúria,
Que nada significa.
Por vezes, muitas vezes, dou comigo a pensar neste registo. E depois não saío dele fácilmente. Pessimista? Talvez... Mas a brevidade da vida dá-me que fazer, e se penso no bom e no previsível também terei de equacionar o desconhecido e o contingente. Mas mais: tenho dois enigmas que, por certo, irão comigo para a cova (jazigo se for mais fino...): saber o que está para lá da vida; e perceber o que se passa com essas máquinas voadoras que dão pelo nome de Ovnis que ora pairam ora somem a grande velocidade. E aviões não são!!! Pois da América do tio Bush também só vem estupidez empacotada, vai daí estar mesmo conformado: vou mesmo para a cova com aqueles dois enigmas. Mas talvez João César das Neves na 2ª Feira me conforme com alguma reflexão mais ousada, mais original, mais-mais, mais "translumbrante"... Talvez.
Mas antes ainda terei tempo para dizer umas tretas: Ser ou não ser - eis a questão.
- Não fui eu, foi o Hamlet que o disse. E com isto apenas pretendo significar que num dia estamos na terra - no outro dia seguinte desaparecemos. Mas não desejaria que aqui se comparasse a vida com a morte, mas tão só compulsar a vida com o teatro. Ou não fora William Shakespeare que nos ensinou que Somos feitos da mesma matéria que os sonhos, e esta breve vida abrange um sono... Depois de ler as "maldades" que o Francisco S. Cabral fez a Sócrates no artigo infra - especialmente nos últimos três parágrafos - nada melhor que regressar à vida através deste génio do século.... Que por não ter século é intemporal, como ó Camões...
- Dedicamos este post a quem??? Ora deixa cá ver... Já sei: ao Guilherme e ao Luís...
<< Home