A cunha e o Q.I.


Ainda a propósito das pequenas e grandes corruptelas d'almas de que a nossa querida Academia está cheia, recordo uma pequena estorieta que reflecte eficientemente o fundo da questão.
Dois companheiros, um português e um brasileiro, tomam café numa esplanada. No meio da conversa o português diz ao brasileiro da sorte que eles têm por esse imenso continente não estar sujeiro ao Factor "C". (vulgo Cunha) para conquistar emprego, resolver problemas nas finanças, nas polícias e o mais. O brasileiro ouve-o com atenção e diz o seguinte: de facto, nós lá no Brasil não usamos o factor "C", nós é mais o Q.I.
O tuga congratula-se com o método e vitupera ainda mais o seu velho e doente Portugal, pois pensa que o Q.I. brasileiro se refere, na realidade, ao Quociente de Inteligência e ao sistema meritocrático conexo que sustenta toda a organização da sociedade, da economia e da política brasileira.
O brasuca, admirado com tanta ingenuidade vinda do português, tem de recordar ao tuga que o Q.I. a que ele se estava a referir é o Quem Indica cara, Quem Indica)))
<< Home