Recontros e impactos da Mãe-Natureza
Cada dia, cada hora, cada Inverno, cada Prima-Vera, cada Natal, cada Páscoa, cada segundo ganha mais importância quando se sabe que o fim se aproxima. Cada cagajésimo de de segundo vem agora transmitir-nos esta "rica" novidade. Bela m.... Na prática, pode-se encarar a vida, não como uma escadaria que desce, de cegueira em cegueira, de paralisia em paralisia, de parkinson em Alzheimer, de Alzheimer em Parkinson (parecido com Fergusson, marca de tractores que me ficou de criança..) mas, antes, como uma escadaria que sobe. É aí que cada degrau, cada andar assumem mais valor do que os anteriores, já que falta pouco para o apeadeiro final. Percebi isto ontem enquanto teclava, e o sacana do monitor começou a pavonear-se sem que eu lhe desse um pimparote... Depois percebi que a minha cabecinha, todo o meu corpo abanavam também, por vontade e interferência alheias... Ontem, de facto, não bebi nada. Era mesmo um espirro da Terra que fez abanar aqui a tenda em Carnaxide. Foi então que pensei que somos tão pequeninos, tão pequeninos quanto insignificantes que o Vulcão um dia ainda nos mata a todos e nem sequer dá por isso, e nós também não. Primeiro, abana o monitor, depois abana a cabeça e depois o corpo. E depois alguém terá, teria de enterrar isto tudo por entre escombros do Sr. Vulcão que, de quando em vez, irrompe pelo burgo só para mostrar quem manda e sinalizar quão frágil é a nossa vida. Cada dia, cada hora, cada Prima, cada Vera, cada Negra, ai Jesus... É o vulcão, morremos todos!!! E também isto é arte...
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