Por acaso V/ "incelências": "gobernantes", intelectualidade da crono-decisão ministerial e do turbo-pinsamento geo-empresarial..
Eu, confesso, só entendi à segunda. É que este "Jumento" - engana (até no paradeiro!!!) - pois apesar de ostentar uma carroçeria-tipo Diane/2CV - depois, surpreendentemente, lá tem lá dentro um motor McLaren de 8 Cilindros em V. Até admitimos que a famosa jogada de marketing do actual Ministro da Administração Interna - Alberto Costa (noutros tempos...) - foi inspirada algures...
- Nota prévia: Sugerimos leitura lenta e pausada, como a respiração de um monge dos Himalaías em busca d´água no deserto e de democracia na China.
- A ORGANIZAÇÃO COMUM DE MERCADO DAS CUECAS (in Jumento) A situação do sector têxtil da Europa tem muitas semelhanças com a agricultura, enfrenta a concorrência de preços baixos, a população que depende deste sector tem rendimentos mais baixos e os seus trabalhadores têm o mesmo direito que os agricultores de beneficiar da protecção comunitária. Por isso proponho que beneficiem de mecanismos de mercados idênticos aos dos produtos agrícolas e, para isso, sugiro à Comissão que aprove uma Organização Comum de Mercado das Cuecas, à semelhança do que sucede com a generalidade dos produtos agrícolas; o seu financiamento seria assegurado por um FEOGC – Fundo Europeu de Orientação e Garantia das Cuecas. A OCM das cuecas beneficiaria de um regime de preços idêntico, por exemplo, ao dos cereais, e todos os anos um Conselho de Ministros das Cuecas reuniria para decidir os preços indicativos, limiar e de intervenção. É muito provável que os debates fossem prolongados, com os latinos a defenderem preços favoráveis para as cuecas do tipo fio dental, os nórdicos a puxarem a brasa para as boxers e os portugueses a defenderem a especificidade das cuecas de gola alta. Após longas horas a Europa ficaria tranquila, os jornalistas já meio adormecidos acordariam para dar a boa nova às suas redacções, o conselheiro da REPER especializado em cuecas acompanharia o ministro ao hotel e, finalmente, poderia ir dormir, depois de comer um bife importado do Uruguai com isenção de direitos ao abrigo do seu estatuto diplomático. O nosso ministro mal chegasse a Portugal daria a boa nova ao sector têxtil, poderia continuar a produzir cuecas de gola alta, se ninguém as comprasse poderiam ser vendidas à intervenção (à semelhança do Instituto Nacional de Garantia Agrícola teríamos um Instituto Nacional de Garantia das Cuecas, presidido por afilhado de Sócrates que se tinha destacado nos tempos em que aquele ainda ia às Beiras. As cuecas importadas da China passariam a ser sujeitas a direitos niveladores, correspondentes à diferença entre os preços fixados pelos ministros e os praticados nos bazares de Xangai. A excepção iria para um contingente ACP de cuecas, similar, por exemplo, ao chamado açúcar ACP. Mas a aplicação de direitos implicaria a resolução de dois problemas, o estabelecimento de uma base de tributação e a definição de normas de qualidade e o estabelecimento de calibres. Para a solução desse problema seria criado, à semelhança de todos os sectores agrícolas, um Comité de Mercado das Cuecas, que reuniria mensalmente, em Bruxelas, com os representantes de todos os Estados-membros. A tributação poderia ser específica, x euros por metro quadrado de tecido, o que implicaria análises pois os direitos variariam em função das características das fibras utilizadas, excluindo os elásticos que por serem de borracha não beneficiariam de protecção. Na exportação as cuecas beneficiariam de restituições à exportação calculadas de forma idênticas aos direitos, mas que seriam diferenciadas em função dos preços dos países de destino. A sua concessão implicaria a prova de importação e consumo nos países declarados, pelo que todos os anos iriam inspectores comunitários aos EUA ou ao Zimbabué para conferir se as cuecas que beneficiaram de restituições estavam a ser vestidas pelos nativos, ou se tinham sido desviadas para outros destinos. Se funcionou com a agricultura, porque não haveria de funcionar com os produtos têxteis e, em particular, com as cuecas. Ainda tinha a vantagem de na hora dos protestos os produtores de cuecas não usarem tractores.
Foi à 2ª mas deu para entender. E você!!??
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