(miserável) Natureza humana
E porque hoje é Dia da Liberdade - importa uma afinação na aparelhagem linguístico-semântica, para melhor nos vermos ao espelho das nossas palavras e compreendermos melhor "as miserandas personagens" que plulam por aí, anafadinhos, de olhar transloucado e sobranceiro, quais dâmasos a fingirem-se de Carlos Eduardo que depois terminam a carreira na cama a copular a própria irmã, a nossa querida Maria Eduarda. Então, em novecentos, Portugal já estava doente; hoje, no III milénio, doente estamos. Com a agravante de que hoje os sinais dessa sífilis epidémica nos chegam também da sociedade virtual, que é onde estão os pulhas, os perversos e os justiceiros anónimos (ou anódinos, não percebi bem!!?
Reflitamos, pois, as Palavras Cínicas, certeiras, com uma cobertura semântica que vai da esquerda chique e caviar ao velho maoismo disfarçado de liberalismo com preocupações sociais.
Leiam Albino Forjaz de Sampaio. Leiam-no aqui, porque senão o fizerem vão sempre sentir que o quadro mental e cultural destes novos bárbaros culturais, que pululam no triângulo Bruxelas-Lisboa-Porto (e arredores) ficará sempre incompleto, ou seja, ficará sempre em regime de meia pensão, e nós, verdadeiros portugueses, homens e mulheres de bem, que não parasitamos nem o Estado nem a Europa, muito menos a comunicação social (antes contribuímos para ela aqui com as nossas ideias) queremos é um regime de pensão completa. Especialmente, se for a Europa de todos nós a pagar, não é verdade!? Pois então "cão" vai, na linha da sistematização bem lembrada do blog Cão com Pulgas:
"... Aqui, para triunfar, é preciso ser mau, muito mau. Sê mau, cínico, hipócrita e persistente que vencerás. (...) Não ames nem creias. Todo o homem que ama é homem perdido e todo aquele que crê nunca será ninguém. (...) Vem, mas vem cínico. Triunfarás, terás oiro, amantes, mulheres, o diabo..." [Palavras Cínicas]
Retenham bem esta ideia: lá porque cometemos um crime do esquecimento e da omissão no passado (hoje bem lembrado), não quer dizer que sejamos todos - e ao mesmo tempo - os grandes perversos e ocultadores de novo na história da cultura e da literatura. Ou seja, não devemos esquecer, porque esquecer é omitir, e omitir, sob certas circunstâncias, é matar. E quando (nos) matamos, ou é porque somos estúpidos, ou porque cumpliciamos autofágicamente a nossa própria destruição em favor dos abutres!? Maiores estúpidos ainda...
- Leiam Albino Forjaz de Sampaio. Comprem-no pela Primavera, apesar dos relatórios Constâncio, OCDE e FMI; comprem-no no Dia do Trabalhador no dia 1º de Maio; abram a temporada de Verão com ele debaixo do braço e o bronzeador no outro; ofereçam-no no Natal aos vossos amigos e aos outros que não Vos são NADA e vegetam nas valetas dos jornais e das estações de teledive$$$$$timento. Ofereçam-no a P. Pereira - o homem que tem uma paixão: a paixão pelo nada. Mas, por amor de Deus, leiam Albino Forjaz de Sampaio. Porque lê-lo significa, tão só, matar o abutre que há em nós. E nos outros..., os amantes do Nada.
- Aleluía brother
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