segunda-feira

O Alberto da Madeira... Quando a lata se soma à vulgaridade = Forclusion. Os mundos de Jardim

Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us
  • Leio isto hoje no DN. Fiquei atónito: em lugar do sujeito fazer um pedido de desculpas formal ao país - ainda contra-ataca, fingindo-se de vítima, desdizendo-se e atrapalhando-se com a gramática. Uma atrapalhação que o deixa corado, cor de tinto. Tintol.. Ele é, de facto, um "OPNI" na política à portuguesa. Um Objecto Político Não Identificado. Alguém em busca de identidade. Alguém que falhou a carreira com o propósito de nos ofender a todos. Um objecto inimputável, mas seria bom que o Continente não fosse - à semelhança da Ilha de Jardim - um território inimputável. Pois se o for - estaremos a admitir, então, que todos somos loucos. Loucos como o jardim... No entanto, há uma explicação mais fina para esta rejeição: Forclusion.
in DN de hoje:
Críticas Jardim acusa "fragilidade" de Mendes Alberto João Jardim criticou ontem a "fragilidade" do líder do PSD, Marques Mendes, pelos comentários que teceu às suas declarações sobre a comunicação social. "Lamento a fragilidade do presidente do PSD", declarou Jardim. O governante madeirense adiantou que não se sente obrigado a pedir desculpas a quem pôs em causa o seu direito de receber a pensão de reforma "Para eles, o Alberto João não tem direito a comer, nem a vestir, nem a calçar".
Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us
  • Mas porque é que as coisas acontecem na realidade assim? A palavra vem do vocabulário jurídico e traduz o fim de uma acção judiciária desde que uma das partes não respeite os prazos legais para o cumprimento de certas formalidades. A parte interessada é excluída do direito de discutir no seio do qaudro de um litígio, por desrespeitar os prazos. Mas o que aqui interessa é a dimensão do conceito em sede de psicanálise - que ajuda a explicar melhor aquele sentimento de rejeição, uma espécie de homem infantil em que Jardim se tornou. Uma neurose permanente em movimento. Jardim é uma espécie do Homem dos lobos, e que no Carnaval aproveita para expiar todos os seus pecados. Por isso ele precisa tanto do carnaval para se purgar e evadir de si mesmo. É ele que carece do carnaval e não o carnaval dele.
    • Mas o que está na raíz deste comportamento é, a meu ver, o seguinte: Jardim, desde pequeno, muito pequenino, terá sido uma pessoa rejeitada. Era um aluno fraco, com uma imagem estranha e isso, naturalmente, não criava um clima de convivência agradável junto de terceiros. Seria um inadaptado. No fundo, o homem sentia-se rejeitado pelo conjunto das representações sociais que ele próprio já não consegue suportar. Ele faz tudo para ser amadao por todos, mas as pessoas não o consideram nessa base, e a neurose instala-se na sua conduta. E por lá criou raízes. Raízes, troncos, ramos, pernadas, folhas - enfim, toda uma árvore que o dominou, que o esmagou. É isso que lhe interdita o direito à palavra - fazendo-o, perversamente, dizer aquelas barbaridades. O homem não controla os impulsos, é um incontinente verbal. Aquilo é mais forte do que ele, daí recorrer à injúria gratuita, ordinária e cobarde. Porque tudo aquilo parte da boca de alguém que tem poder - formal e informal - e abusa dessa função para invectivar todos aqueles que não seguem a sua cartilha politico-ideológica. Umas vezes ameaça e depois não faz. Outra vezes penaliza terceiros sem ameaçar. É assim, um ser errático, abusador do poder de que dispõe.
    Image Hosted by ImageShack.us
    • Portanto, estamos perante um homem aguçado que se sente profundamente rejeitado pela globalidade das representações sociais do Continente que já o topam à distância.
    • Só que essa rejeição desenvolve-se através de alucinações e inscreve-se num mecanismo de defesa específico, a psicose. Que é, como sabemos, uma doença do foro mental onde a relação entre o indivíduo e a realidade exterior é profundamente perturbada. Como, aliás, as declarações conhecidas do sr. Jardim da Madeira: um epifenómeno contemporâneo de psico-política. As suas declarações não são só lamentáveis, são também execráveis.
    • Então, a Forclusion, que foi um conceito aplicado por Jacques Lacan à psicanálise - é o mecanismo de que o sr. Alberto se serve para vencer os seus medos de castração. Qui ça, medos criados demasiado cedo pela constatação de que a rapariga não tem pénis. Image Hosted by ImageShack.us
    • É esse medo, esse sentimento agudo de rejeição e recalcamento que o leva - descontroladamente - a dizer o que diz, e na forma perturbada como o faz. Nota-se que o homem faz um terrível esforço para dizer aquelas barbaridades, como se fosse alguém no divã do psicanalista que estivesse em trabalho de parto, com Freud à ilharga dando-lhe orientações que o paciente segue sofrida mas pormenorizadamente.
    • De facto, isto há muito que deixou de ser um caso político. Nem sequer é um caso de Tribunal. Trata-se, pois, de um caso clínico. Que o afecta a ele pessoalmente - (já viram o que ele sofre pessoalmente quando tem dizer aquelas coisas em directo??!! - ele massacra-se - aquilo é uma guerra civil estampada no seu já débil e mui rosado rosto). Mas também faz sofrer os seus conterrâneos da Madeira levando também o Continente a sentir-se envergonhado por ter aquele sujeito a fazer sistemáticamente números de circo na arena política. E parece que a coisa, lamentavelmente, já remonta a 1979... Na Europa já surgiram umas anedotas curiosas acerca dessa patologia - que alguns julgam difundir-se por toda a sociedade portuguesa, o que é grave - dado que nos identifica a todos com aquela conduta indecorosa, alterada, perturbada, patológica.
    • Ora o sujeito, como não consegue esquecer aquelas rejeições múltiplas que ao longo dos anos se foram acumulando por camadas, cada uma mais cimentada do que outra, só tem uma saída mental que justifica a sua lamentável conduta: para vencer o medo o homem projecta-se para fora de si mesmo, tentando criar uma outra realidade que seja alternativa e consentânea com o seu mundinho, a sua cosmovisão a partir da ilha em que vê o mundo e invectiva tudo e todos.
    Image Hosted by ImageShack.us
    • É assim que emergem as alucinações, próprias da psicose que tolhe certas pessoas. Ora se o recalcamento o censura - e ele não sabe lidar com isso (e ofende a classe jornalística, e não só), ele só pode recorrer a uma multidão de desordens mentais que expiem essa rejeição - que passou a ser estrutural na relação (política e muito pessoal) com o Continente - recorrendo à transformação e projecção em que ele próprio se coloca. Trata-se de um ser desintegrado. Com poder, muito poder, mas um inadaptado nato. E é essa fricção constante que o implodem em guerra civil permanente consigo próprio e com os outros. Especialmente, aqueles - como nós - que têm financiado o desenvolvimento regional das ilhas - que integram o tecido conjuntivo da República.
    • Tudo nele, já em fim de carreira, se desenrola como se o seu mecanismo psíquico tivesse de fazer declarações e tomar decisões não reflectidas. Parece que o homem faz apostas com o abismo, e depois de se suicidar quer recuperar de novo o dinheiro da aposta e voltar a repetir a dose no topo de um penhasco. E assim vai passando o seu tempo desafiando a morte, num jogo do gato e do rato. Ele apenas tem um universo imaginado e um universo simbolizado em inimigos criados que tenta farpear com aquelas declarações. Declarações que escapam a qualquer reflexão, e brotam como vinho em pipa rachada por entre desordens psíquicas difíceis de tratar.
    • Nunca nomeia ninguém, não cita alma. As farpas são sempre no plural. Nós aqui não somos cobardes, mesmo no terreno analítico as coisas têm nomes. E um desses nomes que me envergonha de ser português é o sr. Alberto da Madeira. O Jardim das nossas gargalhadas. Um carnaval fora de época que temos de engolir mesmo quando não queremos ver fantochadas. Tudo isso é o sr. Alberto. O sr. Aberto é tudo isso. Um desconsolo para a pátria que já cá andava antes do dito se licenciar com uma média sofrível de 11 ou 12 valores.
    • Por outro lado, a previsibilidade de que o poder se está a esvair acelera esse tipo de condutas. Aumentando a gravidade das desordens. O poder dá mas também tira vantagens, privilégios, e, sobretudo, status. E há pessoas que não conseguem definitivamente lidar com essa perda de satus e de poder. Ficam doentes. Prematuramente doentes, inundadas de desordens mentais que não conseguem mais gerir, controlar e aplacar. Ainda há ministros de Salazar no activo, embora já reformas da universidade, que sentem essa nostálgia e perfume do poder. O sector educativo alberga alguns desses restolhos à portuguesa que transforma a Universidade num campo de batalha entre os Prós & Contras ligados por esse fio umbilical da psico-política... Esses são os verdadeiros democratas salazarengos. Uns democrats coxos que, em rigor, odeiam a democracia por ser um sistema da transparência, e não do segredo que os formatou, que os educou, que os prostituiu - social e mentalmente.
    • Em síntese: julgo que cada um de nós deverá enquadrar as famosas declarações do sr. Alberto nesta teia de conceitos que remetem para os desvios comportamentais. A experiência da sua realidade situa-se nesta área de disfunções reiteradas ao longo dos anos que, pela idade, hoje são de difícil terapia. O povo, que está com ele e depende dele para os empregos e os negócios, tem, naturalmente, o mesmo grau de alienação. Apesar de ser gente boa, hospitaleira e amiga. Faz lembrar Gente Feliz com Lágrimas... de João de Melo. Por isso, não devemos confundir a árvore com afloresta.
    Image Hosted by ImageShack.us
    • Mas a questão é esta: estamos perante um caso de um "homem infantil", que não cresceu. Ele dispõe apenas de dois universos (distorcidos): o imaginado e o simbolizado por ele. Dois universos que ele recheou com inimigos do Continente, com inimigos da ilha, com inimigos dentro da sua própria mente - que já nem consegue funcionar e actuar doutra forma. É um disco muito rígido que não permite qualquer outra formatação. E entre aqueles dois mundos - o imaginado e o simbolizado - não há intermediário possível entre eles que o ajudem a ver a realidade tal qual ela é, e não como o próprio gostaria que ela fosse. É, diria, um esprit do velho Leste europeu, alimentado pelo clima da guerra fria e alicerçado pelos serviços secretos. Há pessoas assim, vivem na nostálgia do ambiente KGB, mas invertido. Há por ali uma carreira por fazer nos serviços de espionagem, ou até na BD que alimenta hoje essas realidades neocensoras.
    Image Hosted by ImageShack.us
    • É a falta destas funções de mediação mental, que aconselham prudência, serenidade, discernimento, que tolhem o sr. Alberto e o enjaulam naquela mísera existência mental que o faz debitar aquelas enormidades. A falta daquelas funções básicas de mediação, que as crianças (naturalmente) também não dispõem, é que permite compreender o carácter particular do real sentido psicótico de tais declarações.
    • Para terminar só mais uma nota - que poderá - em muito - ajudar o próprio, pois trata-se duma doença. Uma doença no poder, o que é mais grave e perigoso. Num esquizofrénico, aquelas funções imaginárias (privadas de mediação) são ainda mais alteradas e o sujeito vive num permanente mundo simbólico (só dele que os outros não compreendem) e que se torna, progressivamente, um mundo puramente abstracto e hermético.
    • Já no delirante paranóico, a realidade é experimentada por um modo puramente imaginário. Em que a perda da função simbólica impede - de todo - a distância em relação às pessoas e às coisas. A realidade, então, torna-se apenas uma imagem, um fragmento.
    Image Hosted by ImageShack.us
    • E no caso vertente já se constatou que o próprio quiz apagar - na forma e no conteúdo - o sentido das suas próprias palavras. Num puro exercício de reinvenção do que disse - não dizendo. Bom, já estamos no domínio do surrealismo - que aprecio deveras, mas é em Salvador Dali, que era um verdadeiro (e genial) artista. Ao invés das disfunções do sr. Alberto que já nem sequer consegue ter consciência das pataculadas que diz e faz, revelando-se um homem perturbado no desenvolvimento progressivo da sua racionalidade.
    Image Hosted by ImageShack.us
    • Confesso que isto é triste - ao cabo de 30 anos no poder. Terminar desta forma é mesmo aviltante. Não haverá alguém na ilha que seja verdadeiramente seu amigo, e o chame à parte e lhe segrede: Oh Alberto pára de ser ridículo, já ultrapassaste os limites, assim ainda te matas de vergonha - matando-nos também a todos nós!! Seria corrido da ilha à biqueirada. Disso não tenho a menor dúvida...
    Image Hosted by ImageShack.us
    • É esta radical impotência, manipulada pelas palavras e pelos actos que faz deste actor político alguém que deixa o país de mal com ele próprio. Poderemos também, como explicação alternativa, estar estar diante alguém que se revoltou contra o Pai - omnipresente - no seio de todas as instituições políticas e socioculturais, ié, o Continente que tem pago a factura - agora agravada e não reconhecida por aqueles excessos de linguagem paranormal. Nem em África...
    Image Hosted by ImageShack.us
    • De tudo resulta o seguinte: um homem infantil, que não cresceu, enclausurado numa relação regressiva do ego com o poder tornando intolerável qualquer contacto ou explicação serena vindo de outras cabeças mais pensantes. Quem já não consegue ler a realidade e ouvir os outros já não deveria estar no poder. Permanecer lá - além de perigoso - só fomenta uma violência (gratuita) aumentando ainda mais as tensões da ilha com o Continente - acelerada por uma violência cega e pandestruidora. Eis Alberto no seu melhor...
    Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us
    PS: para que fique claro devo dizer que nada me anima contra Jardim. Nada com excepção do que os portugueses de bem pensam acerca de certa faceta do sujeito. E se o escrevo é numa tentativa de o ajudar a ver aquilo que já lhe está vedado: a razão. O poder em excesso - entorpece a razão e vai progressivamente matando os neurónios. Confesso que gostaria de o ajudar, é mesmo o que julgo fazer nestas linhas. Mas também confesso que já sinto alguma saudade de ficar privado de ver Alberto João naquelas carnavaladas, animando e dando cor e movimento a um Portugal triste e melancólico. Mas temos de convir, que o Carnaval não deve ser todo o ano, e o nosso "amigo" Alberto ainda não conseguiu distinguir nem as estações do ano próprias para a prática da modalidade, nem o ridículo em que enfia milhares de madeirenses quando faz aqueles númeos de circo - fora de época. Além de aviltante é preocupante, e, também, autodestruidor. Ora nós não queremos assistir a espectáculos assim. Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us
    Pode ver infra uma colecção de "bastardos". A colecção do sr. Alberto. Um advice: leia Freud, verá que doravante passará a fazer menos figuras tristes.
    Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us