sábado

Tenho aqui uma árvore que...

  • ... é para o meu próprio uso, e alheio. É o campo de treino da inteligência e da imaginação. Aproveito aí para dar uns chutos na bola.. Com os homens de Atenas. Por vezes subo à árvore, como um puto sem medo de vertigens, e vejo de novo as colinas, os pássaros da floresta a desenvolverem o canto, como um motor de alta cilindrada estrada acima. Escrevemos para acelerar a dinâmica das coisas. Tudo é rotação..
  • Escrevo por causa da velocidade. Da lux, esse deus da instantaneidade, que está antes de a vermos; e desaparece sem a sentirmos.
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  • Dizem que o livro é a eterna salvação do homem. Não acredito!! Deposito essa fé na mulher. É nela que está a nossa salvação. E no livro também..
  • Somos intelectualmente nómadas. Só assim compreendemos a mundo actual: caótico, desumano, desonesto, hipócrito, canalha. Um mundo que acaba com os sedentários. Os nómadas são os novos deuses, senhores da ubiquidade.
  • A busca da Globalização Feliz é essa mecânica da procura; tentativa da simplificação da complexidade e da co-evolução turbulenta do mundo contemporâneo. O problema é que evoluímos tanto, e de tal forma, que agora estamos confrontados com o caos: na ecologia, na política, na sociedade, na economia. Há sobreiros em todo o lado. Menos na terra. Enfim, é um défice terrível... Parece que nos partimos todos e ficamos reduzidos a estilhaços espetados nas paredes da igrejas, do lado de fora.
  • Este livro ajuda-nos, creio, a lidar melhor com essa complexidade, com esse sistema não-linear em que o mundo se transformou.
  • Deixámos de poder pensar parcialmente, aos solavancos, colando as partes de um mundo que já não há. Temos de as estudar isoladamente, mas depois fixá-las num puzzle que faça sentido. Com cor, imagem e uma boa legenda, senão perdemo-nos na violência das imagens - que nos destroem pelo registo da memória..
  • É assim que descrevemos as interdependências actuantes no tecido conjuntivo do sistema.
  • Quem somos, afinal? pedreiros, poetas, carpinteiros, diplomatas, jornalistas, investigadores, sociológos, politólogos, cientistas sociais - em treino permanente. Dando chutos na bola que agora é quadrada, mas mais veloz que as outras bolas que conhecemos, quando éramos "putos".
  • Somos, por isso, globalistas, mundiólogos. Isto implica nunca pensarmos primeiro nos aspectos parcelares dos materiais sociais. Urge compreender cada conexão. Soldá-la à outra ponta que, por sua vez, está ligada a milhares de pontas ocultas - que aqui desocultamos. É isso!! Aqui, desmacaramos a realidade. Despimos a sociedade civil e também a sociedade política, ou seja, o Estado. Como descascar a cortiça a um sobreiro. Sacar-lhe a pele para fazer rolhas. Mas não as rolhas do nosso silêncio. Nesse exercício de descasca aproveitamos e despimos também alguns autores de frases assassinas: como o país está de tanga..., os mesmos que acabaram por nos votar ao fio dental da decadência moral, económica e financeira em que vegetamos todos hoje.
  • Este livro também é para esses personagens do 1º balcão que um dia se viram no papel de protagonistas, obsecados com o défite. O mesmo que hoje mata - por afogamento - 10 milhões de portugueses. Menos uns quantos, que integram a classe A - e passam, ciclicamente, imunes às crises económicas da República.
  • Para isso precisamos de um corpo de ideias. Algumas ocultas, doutro modo como poderíamos desocultar as estratégias de ocultação dos agentes políticos???
  • Não podemos pensar apenas como um jornalista clássico. Dando aquelas respostas básicas ao quando, onde, o quê e porquê. E às vezes ao como. Por vezes temos de assumir o papel de barman da Kapital. E fazer um cocktail para ficarmos doidos e, assim, atravessarmos a realidade com inteira lucidez.
  • É da recolha destes fenómenos políticos que este trabalho se ocupa. Dados da observação directa, observando o método de Maquiavel. O único aceitável na avaliação dos materiais políticos. Porque é da análise e da reflexão política - que encontramos um significado sociológico para os dados escolhidos, que aqui classificamos e avaliamos.
  • Fazemos tudo isso. E mais: no final, o leitor encontrará 30 obras que influenciaram a vida do autor. E também a sua, naturalmente. É uma viagem em 100 palavras a cada um desses fragmentos intemporais na linha da eternidade.
  • Este livro explica-nos a natureza da globalização competitiva. Dá-nos as ferramentas que desmontam os seus conceitos. Mostra-nos essa nova condição ao mesmo tempo intelectual e política, reflexiva e actuante. Denuncia a demissão do Estado e a emergência da transformação do poder do Leviatão, da sociedade e dos mega-indivíduos, como os famosos terroristas do nosso tempo.
  • Enfim, falamos dos novos limites da acção política, e de como a globalização civilizou a democracia, mas também de como a barbarizou. Este livro é terrível, porque nos fala das causas e efeitos desse decisor oculto - o "pai" da norma mais eficiente; das consequências económicas e sociais do processo, das implicações para o poder do Estado e para a governabilidade e também da própria trajectória da história, que agora percorre o espaço e o tempo como uma bala de múltiplas direcções.
  • Perante todos estes chutos na bola, até apetece dizer, como o grande Fernando Pessoa que:
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Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
  • E que tal se ele cá viesse para darmos uns chutos na bola!! É que tenho pra aqui uma catrefada de coisas que lhe gostaria de perguntar...
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Aqui, da janela do meu quarto, Do meu quarto de um dos milhões do mundo (que ninguém sabe quem é E se soubessem quem é, o que saberiam?)
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Isto é uma Assembleia de heterónimos (em que nos tornámos). Hoje, a nossa única identidade responde por um número: 7% - sem metafísica, mas com muita desgraça...
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  • Bom, vou mas é até à Tabacaria picar o Totoloto e o Euromilhões para ver se me imortalizo... Milionário faria imediatamente duas coisas: ganhava logo um amigo, o sr. Durão Barroso; e construía uma chaminé totalmente suspensa no ar. Imaginem para quê..
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