terça-feira

About Politics, Stupid...

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  • Breve apresentação do elenco. Que fica em narrativa aberta...
  • O esplendor de Catroga e o B-A-Bá de econamia para cegos
  • Bagão em voo picado
  • Pina Colada - um grande empresário espanhol
  • Zé Povinho
  • Bagão em desdobramento de personalidade
  • Murteira antes da sisa
  • Dona Constança e o seu BMW série 7 - onde cozinhou com Sócrates mais 5 amigos do INE o valor do défice (5+2=7%)
  • Nogueira Leite - com vontade de lhe partir a cara
  • Medina Carreira em 1890 - por altura do ultimato inglês em África. Desde então não mais quis ir à TV
  • A última imagem é mais uma metáfora da sociedade portuguesa. Mas se virmos bem conseguimos compreender o que aquela alma penada está a dizer: eu também quero um BMW série 7... Eu também quero.. E se não tiverem nenhum roubem-no à Dona Constança - que agora mais parece a governanta do Salazar.
Acção - Take one..
  • Vi com interesse O Pros & Contras de hoje. Confesso que me sensibilizei com aquele engenheiro com uma empresa familiar que veio das ilhas para Lisboa, só por causa da Fátinha.. Qualquer dia escrevo ao Bill Gates para ver no que dá.. Catroga, Pina Moura, Bagão, Nogueira Leite.. foi interessante ver alí os keynesianos e os schumpeterianos a discutir o passado do passado e a matar pulgas com espanadores. A dada altura pensei que eles iam recuar tanto no tempo que chegariam à dinastia de Avis e, com jeito, até à fundação da nacionalidade com o outro a bater na mãe. E, de caminho, aproveitando para invectivar a Igreja de Roma, ou seja, o Império/Papado por nos ter roubado a torto e a direito, com aquelas Bulas todas. Tudo a troco de um mísero reconhecimento diplomático que hoje se manifesta numa tremenda dependência política. Mas não... A dada altura Murteira Nabo, que tem um problema com a sisa - pôs água na fervura e os espelhos reorientaram-se para o futuro - do passado.
  • Pensei também que Nogueira Leite chamasse palhaço, corrigo, palhaçada ao número de circo chen realizado hoje pela D. Constança do Banco de Portugal. 6, 86..., que belo número. Ele e mais três funcionários do INE e uns amigos do BP cozinharam aquele relatório nos bancos de trás do BMW série 7 - ao som de Vangelis e com uns martinis à mistura servidos por Sócrates. E assim rolou o debate: Catroga dava aulas para crianças, mais parecia a versão d'Os Lusíadas do João de Barros - cantado ao povo e lembrado às crianças. No final, com tanto esforço vimos que emagreceu. Sabemos já que Cavaco lhe telefonou a felicitá-lo e até o convidou para chefe da sua Casa Civil em Belém, para Janeiro de 2012, claro. Porque a Maria dele se opõe a estas presidenciais, deixando-o só concorrer nas próximas..
  • Pina Moura - está-se a lixar para a economia portuguesa e para os tugas. Ele quer é pinas coladas... E lá continua bem instalado na Iberdrola - como se fosse um magnata espanhol comandando exércitos em terras lusas. Um vendido ao capitalismo inimigo, um traidor, diria Cunhal, já entrépido. Um empresário de sucesso, diria o comuna do Jerónimo com a gravata de banda e com o cabelo à Elvis - e com a cor da camisa a não casar com a tonalidade da gravata... Enfim, uma salada de frutas pegada. Dele ficou uma qualquer comissão para a reforma da reforma que nunca se reformou - porque Guterres extingou a coisa antes do tempo. Se não quem era reformado era o Gueterres. Foi o que percebi, porque entretanto fui ao WC..tirar a cera dos ouvidos. Aproveitei e encerei o soalho.
  • Nogueira Leite adora o Constâncio. Só faltou dizer que ele estivera na base da decisão do abate dos sobreiros de Benavente. Nogueira acha que Vitinho é um economista da tanga que faz fretes ao PS. E aí o Pina Colada também não se demarcou muito, muito menos do bobo de serviço, o dr. Coelhone: que parece um chefe de banda a dirigir os bombeiros de Carnaxide que acorda o pessoal aos sábados de manhã. Ninguém o leva a sério, porque toda a gente o confunde com um bombeiro. Outros dirão que é com um sobreiro.. Sempre a assobiar e de forquilha na mão - e com um letreiro na testa dizendo: Combato todos os fogos. E se não os à (sem "h") "inventius". A coisa tem de ser lida assim, doutro modo ninguém acredita que é o Coelhone que está no púlpito a discursar.
  • Bagão entrou ao ataque. Foi convidado só à tarde e pareceu o actor melhor preparado. Entrou e atacou e disse que a técnica das suborçamentações é coisa comum na casa dos socialistas. Portanto, a farsa e a mentira de Estado é uma máxima aconselhada por Maquiavel. E cá a malta em Portugal, especialmente do Caldas, deu provas de que o leu. E bem, mas talvez tenha abusado.. Todos meteram os trombones ao chão e todos seguiram marcha. Sem repiques. Imagino os pulinhos de contente que o Paulinho das Feiras deu em sua casa, vestido de pijama rosa às bolinhas amarelas com alguém a dar-lhe massagens tailandesas...
  • Murteira Nabo pensou no futuro e não disse rigosamente nada. Mas talvez tenha pensado muito: quer regressar à Telecom(e) alí nas Picoas.. Para o governo é que não, por causa das sisas. A tinta ainda está fresca e a casa ainda não está paga..
  • Ribeiro Mendes escreveu um livro e deu um tiro no pé, da sua geração. Elogiu muito o Catroga quando tinha vontade de o criticar. Conteve-se em demasia, por isso foi hipócrita. Não gostei daquela capa do livro dele, mas o conteúdo dizem que é bom. Este sábado vou comprá-lo na Feira da Ladra, dizem que lá é tudo mais barato. Será porque é tudo gamado?!
  • Medina Carreira, para mostrar o seu desprezo por aquilo tudo, mandou a secretária ler um rascunho alinhavado na véspera. Medina detesta mentiras e aldrabões, e como não queria ser mal educado mandou a Fátinha ser portadora da sua genialidade lendo aquela profecia. Portugal está doente, Portugal não saí de casa. Portugal está a escrever. Logo, Medina também está doente, apesar de estar a escrever. Será sobre o Constâncio? Será que o amor que tem por ele é do mesmo calibre que o do Nogueira Leite? Pergunto-me se o Medina é como o Vasco Pulido Valente - não gostam de ninguém. Salvo deles próprios, mas só quando estão sóbrios, é claro! O Vasco, sabemos nós, gosta também de Dimple, 3 murros, 16 Years Old... Mas Chivas REgal também não é mau, e em tempos de crise até JB de Sacavém serve..
  • Enfim, todos eles lá falaram do défice orçamental, mas a forma de o resolver está-se a transformar novamente na questão nuclear da economia lusa, dominando todo o espaço mediático. Condicionando tudo e todas as perspectivas para o futuro. Um futuro que acontece já amanhã no debate mensal na AR. Veremos se o debate, ele próprio, tem futuro. Ou se, ao invés, se converte num folhetim tipo Casa Pia, mas mais sério e mais arratado no tempo.
  • Pensei, a dada altura, que o Dr. António de Oliveira Salazar também iria intervir. Ou através de telefonema ou recorrendo ao velho expediente de mandar ler uma carta amarotada em apel pardo, pardacento, onde dantes se enrolavam as farinheiras e os couriços, e também o pão de milho, qual sucedâneo do papel "higiénicú"... Medina também é da velha escola. Do papel pardo. E as rotinas não se dissolvem assim sem mais nem menos, só porque já se vive em democracia. Enfim, é outro restolho com manias de rico a olhar o mundo ali a partir de Belém..
  • Escapou, por fim, uma ideia que o Ricardo Salgado, certamente, irá apreciar bastante. Ele e o engº Belmiro: a classe A será sobre-tributada em nome da solidariedade. Os pobres ascendem aos órgãos sociais dos Conselhos de Administração das empresas, e cada português passa a ter um Lamborguini Miura, como profetizava o líder dos Ena Pá 2000, esse grande sociólogo Manuel João Vieira - que já aqui retratamos noutra narrativa cósmica e que ameaçou, de perto, o lugar a Jorge Sampaio. Hoje, sabemos que tanto um como outro poderiam ter feito um bom papel em Belém..
  • Em suma: Portugal é fado. Arranca a chorar e termina com o milagre feito. Agora é que é: propostas milagrosas para erradicar todos os males da economia acompanhado de receitas para diminuir os impostos. Os combustíveis passarão a ser de borla e deixa de haver classe C. No fim, a Dona Constança aparece com a esfregona e o balde d'água, lavada em lágrimas - entra estúdio adentro - e cumprimenta efusivamente o Nogueira Leite, que, já arrependido das farpas que lançou ao BP, ao INE e ao Constâncio - também se envolve em lágrimas e ali, ante a multidão, se abraçam e beijam lascivamente. É, então, que Portugal percebe a razão que levou Eça de Queiróz a montar um enredo incestuoso entre o Carlos e a Maria Eduarda. Não estou com isto a dizer que o Nogueira Leite é gémeo do Constâncio - e não sabem. - Apenas sublinho aquilo que o Eça queria significar com o incesto: era Portugal quem estava doente, não os portugueses. Hoje, constato que são ambos. Depois, aquela malta regressa toda a casa nos carros de alta cilindrada, com os seus salários milionários e tudo fica como dantes, quartel-general em Abran... O povo, claro, continua alienado e a acreditar naquelas tretas..
  • Blá-blá-blá... No fim, a minha mulher olhou para mim e riu-se. E mais. Disse-me o seguinte: valia a pena teres visto o Discovery 10 min. Depois fazias mais 2 blogues e depois ias dormir. Mas eu, masoquista, fingi que não ouvi e fiz-me ao Prós & Contras e até achei que o milagre fazia sentido. Era como se fosse paralítico no início do programa. No final, por ordem divina de Catroga - alguém me ordenara: levanta-te e anda. E eu andei, para tropeçar logo de seguida e esfolar uma rótula na esquina da mesa - que também ficara a ver os cabelos brancos do Catroga. Foi giro. Gosto sempre muito de ver aqueles penteados da Fatinha. Não sei porquê, mas acho sempre que existe uma relação íntima, quase capilar, entre eles - os penteados - e o estado actual da economia portuguesa. A escrever assim - é que ela não me convida para ir ao Teatro Armando Cortêz!! Tenho de ver se melhoro isto!! By the way, alguém tem o mail da Fatinha??? Não confundir com a Fá-fá de Belém, que é brasileira..
  • Afinal, a crise é uma mentira. Tudo isto é uma farsa. O povo é estúpido e calão. Paga poucos impostos, escapa ainda muito a eles. E não fora o Catroga, o Pina Colada e o Bagão e ainda estaríamos nas trevas do pensamento económico a vegetar em regime de escambo.
  • Bom, já que o circo acabou talvez seja útil agora oferecer algo mais sério e digno aos leitores que têm a paciência de me ler. Entretanto cai o pano e agora é que começa o verdadeiro teatro... Ora vejam
Vemos aqui Medina Carreira em processo de pré-levitação. Apanhando ideias com as mãos em sua casa. Cada ideia, como se fosse uma mosca apanhada na ratoeira das mãos, é transformada num livro, depois arrumado lá atrás. Please, do not disturb, Medina is thinking in what..
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  • When reality overcome fiction.
A Crise da Política
  • Com um défice sul-americano de 7%, Portugal parece um criador de mitos tropical. Um fazedor de maus milagres para, no final, concluir, como F. Pessoa: Não sou nada. Sou uma ficção. Depois, para compor o ramalhete do mito, o governador do Banco de Portugal (V. Constâncio), montado num BMW série 7 (de 20 mil cts) anuncia o fio da novela e, talvez, valorize a sugestão do “Pai”-Soares, de fazer cair as promessas eleitorais do PS e agir em função da “socorrência” das finanças públicas.
  • Contudo, o problema está na economia real, identificado com uma crise de sustentabilidade e de atractividade, que implica a periferização de Portugal no sistema. Sem a possibilidade de atrair recursos, máxime capitais, a crise de viabilidade (endividamento) fica sem solução à vista nesta fase de desenvolvimento, precipitando a dinâmica da recessão que, articulada com aquelas crises, conduzirá a uma regressão do nível de desenvolvimento: a sociedade empobrece, as condições de governabilidade deterioram-se e a redução do ritmo de crescimento aumenta a complexidade, o risco e a incerteza dos futuros equilíbrios sociais.
  • Daí nasce a crise da política, diversa da crise política que tolhe Portugal. Vejamos: geralmente as crises políticas normais surgem na sequência da formação e composição do poder, resolvidas por eleições ou por recurso à renegociação de alianças. A crise da política, ao invés, está associada à indeterminação estratégica ou da orientação global da sociedade. Ou seja, Portugal, mercê de inúmeros factores (partidocracia, debilidade do escol político) padece dum rumo, duma ideia sólida para o futuro. E quando isto sucede, a sociedade fica cega, congelada numa prega do tempo, cristalizada a uma imagem do passado que impede a formação duma imagem de futuro que não seja uma cópia pretérita.
  • É aqui que Sócrates se encontra: na esquina do tempo político, dividido entre o hiper-populismo espalhafatoso e demagógico de J. Coelho e a austeridade periclitante de Campos e Cunha. E terá de escolher entre o aparelho do PS ou o bem comum dos portugueses.
  • Estrutura-se assim uma relação circular e doentia de antecipação e autodestruição (pessoana) no sistema político português. Por um lado, os dirigentes políticos anunciam e prometem aquilo que não conseguem realizar (doutro modo não ganhariam eleições); por outro, opinion-makers como José Pacheco Pereira (na blogosfera) antecipam fracassos e privilegiam a mediacracia das agências noticiosas, potenciando os acontecimentos negativos e as evoluções desfavoráveis só para confirmar - para seu deleite intelectual – as suas cépticas previsões; por fim, os alienados dos eleitores, sempre longe da lista de eleição e comendo sopa com garfos, perdem a confiança na condução dos agentes políticos e optam por modalidades de defesa directa dos seus interesses. O problema é que ao escolherem esta via alimentam ainda mais as agendas da mediacracia com temas de conflitualidade, de reivindicação e de desautorização das decisões tomadas pelas instâncias políticas.
  • É aqui que reside a armadilha do sistema político luso: distorcido pelos dispositivos da Democracia Representativa/DR (legitimidade do voto e racionalizador do interesse geral); da Democracia Participativa/DP (alternativa aquela) que dispensa as funções de intermediação na relação política reaparecendo através de plataformas de corporativismos e degradando a democracia; por fim, a Democracia de Opinião/DO vital para a difusão dos debates, mas fixando uma relação de tensão entre aquelas, na luta pela determinação do que são as agendas noticiosas e explorando o imediatismo dos acontecimentos.
  • Seleccionando pólos de atenção da opinião pública usando critérios outros nem sempre coincidentes com o bem comum, e até agravando a lente da percepção social entre o anunciado e o realizado. A mediacracia calibra este seu poder em função da sua agenda própria, condicionada pelas audiências de massas que é, como JPP sabe, uma entidade muito diferente do interesse do eleitorado e também não é organizado por fidelidades partidárias. É esta circularidade entre a DO, a DR e a DP que torna doentia e perversa a democracia política em Portugal. Qualquer dia o (a)brupto de JPP defende que as eleições deverão ser semestrais. E eu apoiarei, desde que as obras também sejam inauguradas de 6 em 6 meses…
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  • Dalí, na sua última criação surrealista, imediatamente antes de morrer..
  • O quadro foi depois doado pelos herdeiros ao Banco de Portugal com vista a aplacar o défice (sul-americano). Hoje já se fala em vender a frota de automóveis BMW série 7, que causou parte da derrapagem da economia.