Fernando Pessoa à procura de Oeiras, ontem, hoje, amanhã: Também num "Permanente Desafio"
Vemos aqui Fernando Pessoa (em 3 actos) - em passo acelerado em direcção à AERLIS, para assistir ao lançamento da Obra OEIRAS - UM Desafio Permanente de Teresa Pais Zambujo.
Aqui vemos Fernando Pessoa - a preparar-se para fazer um discurso, depois de Luís Marques Mendes e de Ernâni Lopes. Pessoa foi o último a falar e, com o poema infra, encerrou os trabalhos da Obra supra .
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português..
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
Aqui, por último, vemos a relação-sedução de Pessoa pelo mar. Pode ser o mar de Oeiras..., que também é um "Permanente desafio..."
- Telefona-me agora o Almada Negreiros, muito aflito, e até energicamente contundente, como por vezes é o seu timbre, para me desancar no seguinte: "Oh homem tire lá aspas..., senão estraga o texto. O texto e a Obra da Drª Teresa Zambujo.
- Eu desconfiava que eles se conheciam...
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