Depois da vida... - por Raul Brandão -
Muitos filósofos identificavam a felicidade, o bem, a justiça, o belo, a verdade, a sabedoria como ideias e ideais a prosseguir, bens supremos a alcançar. Nessa senda alinham-se Aristóteles, Platão, Sócrates.
Com Raul Brandão, que não era filósofo, mas equacionava intensamente a sua existência e a sua circunstância, a metafísica ajustava-se do seguinte modo:
Não me importa ser feliz - não me importa ser desgraçado. O que me importa é o que há depois, é o que está por baixo da terra e o que está por cima da terra (céu).
Nesta posição, Raul Brandão, e sem grande sofisticação reflexiva e teórica, acaba por ir mais longe do que os filósofos que conceberam grandes sistemas de pensamento, dado que ele coloca uma questão que atravessa os tempos e nunca foi (nem será!) respondida: o que há depois da vida findar?
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