quarta-feira

O frenesim do doutor Marcelo: omissões perigosas num Verão que virou inferno

Já se tornou hábito, para não dizer corriqueiro, ver MRS em tudo o que é festa e festança, como se fosse a Dona Constança. A sua omnipresença abrange a área do desporto (muito popularucha), aos negócios, ao turismo, enfim, a tudo o que envolve níveis de popularidade a que o actual PR não consegue resistir.

Porém, e tendo em linha de conta que o Portugal continental e ilhas (em especial o Funchal, na Madeira) estão a arder - seria curial que o PR se desocultasse dos biombos da bola e do Brasil por onde tem passado largos dias, e mostrasse serviço à comunidade - que anda com as mangueiras nas mãos e reclama auxilio de meios aéreos que nunca chegaram para combater os respectivos fogos. 

O PR já devia ter marcado presença nos locais críticos e, juntamente com o Governo, autarquias, protecção Civil e demais entidades competentes - reavaliar a situação em ordem a que os erros dos anos anteriores não se repitam nos seguintes com maior gravidade, o que revela que ou somos burros ou irresponsáveis, ou ambas as coisas simultaneamente, o que ainda é mais grave.

E se assim é, talvez haja uma correlação entre aquela "futebolite" de MRS, a estrutural incompetência da autarquias por nada terem antecipado e planeado (no continente e ilhas) e o tempo que, brincalhão como é, põe tudo e todos à prova, e após ter queimado uns milhares de hectares de floresta e ter queimado umas vivendas - vai-se embora de forma imperceptível, tal como chegou. 

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