quinta-feira

Marcelo quer abarcar o país e ser sufragado em 2021 com 80% dos votos


Toda a conduta e comportamento político de Marcelo me evocam um exemplo colhido na filosofia zen, ilustrada pela seguinte situação: um dia o governador de uma certa província interrogou o mestre acerca das coisas essenciais do Budismo. 
- O mestre disse-lhe: É essencial para ti abarcares toda a província, na sua totalidade. Não podes fazê-lo se fores tolo. Sê de uma atenção perspicaz sob todos os aspectos, e toma as tuas decisões oficiais com bondade e compaixão
- De seguida e talvez aproveitando a lição incluída nesta história, e já como Chefe de Estado e como homem prudente, MRS - tem procurado distinguir claramente a natureza das pessoas e aprender a conhecê-las. Isto significa, num momento, poder discordar delas e, noutro momento mais solene (de fim de ciclo), apertar-lhes as mãos e até abraçá-los, como Marcelo fez a Cavaco na sua investidura. Pois ninguém de bom senso esperaria que MRS aproveitasse a ocasião para esbofetear solenemente cavaco em plena Assembleia da República, como alguns milhões de portugueses desejariam que Marcelo fizesse...
- A democracia representativa é isto e comporta esta dose brutal de tolerância, até para com Cavaco e para com os seus dois maus mandatos em Belém e as tropelias que fez aos portugueses, deixando Portugal adiado numa Europa interesseira e cada vez mais desigual.
- Se um chefe político é tacanho de espírito e não consegue já identificar as prioridades do país e das comunidades e a natureza das pessoas, reagirá a muitas situações sentindo-as como ofensas. Então os seus sentimentos entrarão em conflito com os sentimentos dos outros. E foi precisamente isto que aconteceu com Aníbal Cavaco Silva e o eleitorado, cavando um fosso crescente entre governantes e governados, levando à descrença destes pela classe política.
- E será precisamente isso que os portugueses desejam que não suceda com Marcelo Rebelo de Sousa, para bem de Portugal e dos portugueses. 

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