terça-feira

Morreu constitucionalista moçambicano Gilles Cistac alvo de atentado

Morreu constitucionalista moçambicano Gilles Cistac alvo de atentado


Morreu constitucionalista moçambicano Gilles Cistac alvo de atentado

O constitucionalista moçambicano Gilles Cistac morreu hoje no Hospital Central de Maputo, vítima de vários tiros disparados por desconhecidos no centro da capital, informou o diretor da unidade hospitalar.

João Fumane disse aos jornalistas que os esforços do pessoal médico foram insuficientes para salvar o académico de origem francesa, dada a gravidade dos ferimentos e a elevada quantidade de sangue perdida, tendo o óbito sido declarado cerca das 13:00 locais (menos duas em Lisboa).
Gilles Cistac foi atingido por vários disparos na avenida Eduardo Mondlane, no coração da capital, tendo sido encaminhado para o Hospital Central de Maputo, em estado grave.
Na semana passada, o académico anunciou que ia processar um homem que, através do Facebook e com o pseudónimo Calado Kalashnikov, acusou Chistac de ser um espião francês que obteve a nacionalidade moçambicana de forma fraudulenta.
Cistac é um dos principais especialistas em assuntos constitucionais de Moçambique e, em entrevistas recentes, considerou que não há impedimentos jurídicos à pretensão da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) de criar regiões autónomas no país.
O Governo moçambicano considerou o atentado "um ato macabro" e espera que os autores sejam "exemplarmente punidos", enquanto a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido de oposição, afirmou que o académico foi vítima de "perseguição política" motivada pelas suas posições recentes.
Diário Digital com Lusa
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Obs: Moçambique aqui a comportar-se como uma "pequena Rússia", extremista e terrorista, capaz de praticar os actos mais bárbaros, desrespeitando o valor supremo: a vida humana. 
Um país pobre em recursos, sobretudo humanos, permite-se a este tipo de crimes, certamente com motivações que não são humanitárias. 
Volvido o ciclo dos sequestros, para extorquir dinheiro às pessoas, inaugura-se a técnica do assassinato puro e duro que parece ter motivações políticas, partidárias e ideológicas. 
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