domingo

Boa sera, bona sera



Há pessoas que roubaram. E porque roubaram? No local onde nasceram tinham de roubar para comer. Depois roubaram para ter dinheiro para gorjetas. Uns roubavam 50%, outros roubavam apenas 20%. Depois passou-se a roubar coisas mais pesadas, como bancos e outras instituições, incluindo o Estado, que é o maior dos ladrões (que também incentiva os bancos a esbulhar os clientes). 

Mais tarde, direccionou-se o negócio para o ramo imobiliário - mas sempre com apoios cúmplices do aparelho de Estado - e converteu-se o rectângulo mais ocidental da Europa numa espécie de jogo de casino para que chineses e angolanos pudessem lá verter o dinheiro que já não conseguiam aplicar e rentabilizar nos países de origem. 

Este ciclo interrompeu-se quando aparece um tipo - por regra outro ladrão - mais esperto do que o anterior, que desmonta o esquema para, com outras pessoas, outra logística mas a mesma finalidade - recomeçar o ciclo da vida...

Isto não pára. E não pára porque o processo é imparável. É o gene. E o gene está no homem. Mais nuns do que noutros. 

Há quem seja mais "artista"; há quem seja menos artista. Por regra, aquele tende a durar mais tempo no negócio, por causa da natureza das coisas.

Hoje já ninguém assalta museus para de lá tirar pedras preciosas que estão protegidas por alarmes, e que basta a menor pressão para os fazer disparar. Hoje já ninguém entra na sala dos diamantes pela clarabóia e desce das alturas por uma corda, de modo a ficar suspenso do chão. 

Hoje paga-se a uns tipos, por regra mal formados e um pouco idiotas, que trabalham no Estado, outros fora dele mas é como se fosse a mesma coisa, dá-se-lhes umas comissões e eles contratam com estrangeiros que estão autorizados a investir no país.

Um país que está a saque. Com a conivência múltipla de todos os poderes: S. Bento, Belém, sedes partidárias, poderes públicos em geral, sociedade civil, construção civil... E muito, muito, muito CDS!!!

Um dia destes pedimos a um chinês endinheirado que faça o pino ou que mostre o que guarda nos bolsos e saem de lá todos aqueles que hoje estão nas bocas do mundo e que começaram a aprender a falar mandarim na Gomes Freire e no Campus da Justiça do Parque das Nações... 

Um dia este Portugal ainda será um lugar menos mal frequentado. Um sítio que não rime com a choldra que hoje pulula entre a alta administração e os ministérios, alguns ministros ávidos e burocratas corruptos que utilizaram (em alcateia!!!) as instituições do Estado que supostamente representavam, mas que utilizaram perversa e criminosamente para esbulhar 10 milhões de portugueses. 

Muitos deles nem uma casa têm para viver. Alguns deles tinham essa casa, mas o banco penhorou-as como garantia do não pagamento dos empréstimos aos bancos.

Este também é o Portugal descapotável, capri e visa-gold. 

Um Portugal submarino que chafurda na lama e vive da corrupção, do tráfico de influências e da criminalidade económico-financeira. Agora com um traço oriental escalado na costa Ocidental africana...




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