domingo

Uma Bic ou uma MontBlanc: Primárias no PS


A vantagem das eleições em democracia (pluralista), é que não há sangue, e o líder do partido mais votado - em eleições livres e fiscalizadas - tem a legitimidade de aceder ao poder e liderar o (partido) ou o país; em ditadura, ao invés, há um banho de sangue, agravado - por regra - por uma guerra civil, e o ditador continua com o poder, ilegitimamente.

Fazendo o paralelo com as revoluções, quando estas são desencadeadas as que vingam colocam no poder os revolucionários; mas se a revolução não vinga, os revoltosos são imediatamente colocados na cadeia, se não forem assassinados no seu decurso pelas forças conservadores instaladas.

Regressando à democracia interna do PS - que hoje deu um passo para revolucionar o método (futuro) de eleição dos futuros líderes (através do método das primárias), como há décadas se pratica no sistema eleitoral norte-americano, convém dizer que hoje alguém terá de pegar na caneta e resignar ao cargo que ocupa no Largo do Rato, nesta antecâmara na luta contra o centro-direita no quadro das legislativas de 2015, se não houver eleições antecipadas.

Não deve ser muito difícil antecipar esse resultado, restando apenas conhecer a expressão dessa derrota.

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