António Costa vs Rui Rio. O futuro do PS e do PSD
O sabor da vitória não tolera grandes compassos de espera na vida política de António Costa. Seguro, já era, integra o passado e, "seguramente", terá de mudar de vida.
Os olhos (e a responsabilidade) estão agora postos em A. Costa: quer para federar o PS, coisa que levará um ou dois meses, quer ainda para racionalizar o Congresso e, aí, sim, apresentar a sua proposta de Governo alternativa a esta coisa decadente suportada pelo balão de O2 lançado pelo farol de Belém, outro cadáver adiado - resguardado pelas omissões da Constituição da República Portuguesa.
Numa futura revisão constitucional terá de se prever, em mais eficiente articulado, disposições normativas que contemplem a destituição do PR quando este, comprovadamente (como é o caso) se afaste dos objectivos e do mandato para que foi eleito.
Do lado do PSD - os jotinhas laranjas começam agora a ver Rui Rio como uma promessa que não deverá ser adiada por muito mais tempo. É quase um imperativo categórico, ou melhor, de sobrevivência. Mas quem conhece Rio, e o seu feitio (virulento e pouco dado a consensos e a cedências), sabe perfeitamente que ele não é um homem de partido, por isso não aguentará fazer vida nele mais de dois meses consecutivos.
Por outro lado, a Tecnoforma, a sua famosa ONG retiram o que resta da escassíssima credibilidade ao "sacador de fundos comunitários" que foi Passos Coelho. Esse, o tal, que não se lembra de nada, nem de ter nascido..., para a política!!!
De modo que os dados estão lançados. Agora é esperar que as peças de xadrez se movimentem e observar que lances fazem no tabuleiro da vida pública nacional.
Numa palavra: A. Costa sabe que, para si, o futuro é já ontem, pelo que não tem direito a estado de graça. Mãos à obra!!!
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