sexta-feira

Fernando Ulrich: do "ai aguenta, aguenta" - ao espeta, espeta

(...) depois que a relação com a PT é a segunda questão a esclarecer: "Já se sabe que a PT fez este investimento. Qual a dificuldade em explicar se se vai pagar à PT, ou não? E se não for paga o que acontece?", Depois "a terceira questão a esclarecer é o que se passa do banco para cima" com as holdings do grupo, afirmou Ulrich. "Não basta dizer que está tudo bem podem confiar, porque para os mercados isso não chega" [...]
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Obs: Após afirmar que não comentaria a situação interna ao BES, eis que surge este desenvolvido e circunstanciado comment sobre o banco verde.
Nem outra coisa seria de esperar de um banqueiro-desbocado que, ora se alinha ao lado do Governo contra o povo, ora aproveita a fragilidade de um banco da concorrência para o enfraquecer ainda mais, esperando que, pela via das declarações públicas, inúmeros depositantes do bes possam migrar os seus capitais para o bpi.
Seria expectável tal conduta, especialmente oriunda de uma pessoa previsível e pouca elaborada mental e intelectualmente. Com ferros se mata, com ferros se... 
Estas declarações, pontualmente mortíferas, revelam bem o que é o carácter dos homens da alta finança em Portugal, e que condutas assumem publicamente entre si nos momentos mais problemáticos.
Se dúvidas houvessem aqui fica o desejo mais íntimo do responsável do bpi: o homem que um dia fez de porta-voz do governo contra o seu próprio povo e em nome da Austeridade, já esmagado com demasiados impostos, e contra ele dirigiu esta expressão: ai aguenta, aguenta...
Fernando Ulrick é aquela pessoa que numa passadeira de peões, e vendo um casal de velhinhos a tentar transpô-la com alguma dificuldade, não só acelera o seu carro, como também abre a porta do condutor visando uma maior eficácia em atingir físicamente o casal. 
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