A eurodeputada gostaria de ficar com uma pasta ligada à área económica e social, onde tem provas dadas

“Não vou ser modesta: sou, em temos europeus, das pessoas que têm mais trabalho feito e com resultados na área económica e social, estou particularmente preparada para lidar com a questão central da União Europeia”, disse ao i a vice-presidente do grupo dos socialistas europeus, Maria João Rodrigues, admitindo o seu interesse em ocupar o lugar de comissária europeia.

O nome de Maria João Rodrigues tem sido falado, quer pelo seu perfil – “tenho vindo a ser convidada para vice-presidente da OCDE, directora-geral para o emprego no Banco Mundial ou directora-geral da OIT” – , quer por ser mulher e responder a algum equilíbrio em termos de género.

“A Europa precisa de lançar o crescimento e a criação de emprego para vencer a crise em que tem estado mergulhada e vai ter de lançar uma estratégia mais ambiciosa, o que não pode ser feito se não houver meios políticos e financeiros”, afirma Maria João Rodrigues.

Para a eurodeputada, isto passa por uma “leitura mais inteligente do Pacto de Estabilidade e Crescimento, usar melhor o Banco Europeu de Investimentos e os fundos estruturais mas, acima de tudo, por fazer a reforma da zona euro, sem a qual esta crise não pode ser verdadeiramente ultrapassada”. Reformar a zona euro “é dotá-la de uma união bancária para que as empresas possam ter acesso a crédito e de um orçamento que complemente os orçamentos nacionais”, explica.

Maria João Rodrigues propõe “adaptar os fundos estruturais aos problemas mais urgentes”, “corrigir a política fiscal europeia” e “flexibilizar” o pacto de estabilidade. “O esforço deve prosseguir mas com mais margem, para não enfraquecer capacidade e de compra do país”, acredita.

“Vão ser tomadas decisões a nível europeu com grandes implicações para Portugal nos próximos anos. Parece-me lógico que, relativamente a essas decisões, devia haver concertação entre os principais partidos políticos”, afirma.

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Obs: A Prof.ª Maria João Rodrigues é, de facto, das pessoas melhor preparadas e mais conhecedoras dos principais problemas e desafios europeus na actual Europa. 

Talvez poucas pessoas como ela saibam que os jovens se movimento através do continente para conseguir a sua educação e se preparam para novos empregos e novas áreas de actividade; 

- que os idosos envelhecem de forma mais activa; 

- que a população em geral pode e deve beneficiar de protecção social e tem acesso a aprendizagem ao longo da vida; 

- que os desempregados e as pessoas socialmente excluídas podem beneficiar de programas orientados mais eficazes; 

- que as empresas têm de ser mais apoiadas na sua competitividade a fim de criarem produtos e serviços intensivos em conhecimento; 

- que as redes de inovação melhoram as parcerias entre universidades e centros de investigação e tecnológicos, e empresas;

- que as PMEs e start-ups encontram melhores condições para as suas iniciativas se contarem com uma Europa e Estados amigáveis, etc..

Cremos que Maria João Rodrigues compreende tudo isto de forma interligada e sabe que sem uma economia mais competitiva com mais e melhores empregos e mais coesão social, se tornará mais problemático alcançar a via europeia para a economia baseada no conhecimento.

Seria até do interesse nacional que este Governo apoiasse activamente o seu nome para o cargo para o qual tem o perfil certo. Portugal e os portugueses só teriam a ganhar. 

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