Tanto por tão pouco: a farsa da democracia da Miss Prada
Obs: Explicitámos ontem aqui o sentido da tentativa da limitação de danos feito por Miss Prada - com o fito de minorar o impacto das suas lamentáveis declarações (o problema é deles).
Na sequência delas, Esteves sentiu-se politicamente isolada - e foi aconselhada a agir rapidamente. E agiu. Mas fê-lo para tapar o sol com a peneira, jogando poeira para os olhos dos militares que gerem a Associação 25A.
Seria suposto que daquela reunião de conciliação resultasse uma iniciativa que rompesse com o bloqueio da AR aos militares, proibindo-os de falarem num momento tão especial e fundador da vida democrática, instituidor da 3.ª República e também para celebrar 40 anos de democracia, quase tantos como os vividos em regime de ditadura. Mas não.
Como sopa alternativa - assistiram a uma exposição histórica guiada por Pacheco Pereira nos Passos Perdidos da AR, e já vão com sorte. Por momentos, pareceu-me ver Vasco Gonçalves - e restante comitiva - em visita embevecida ao Zoo de Sete Rios, só faltou jogarem amendoins aos macacos...
Confesso que toda esta trapalhada me evoca aquela anedota que envolve um alentejano que, ao ver um anúncio de jornal, respondia à solicitação: "Precisa-se de um piloto para servir na aviação comercial".
O dito alentejano agendou uma reunião com o Director de Recursos Humanos responsável pelo referido recrutamento. E disse-lhe: eu só cá vim dizer para nã contarem comigo...
Também assim é com os portugueses: não podemos (nem devemos) contar com a actual presidente da AR, que foi mais um erro de casting de Passos Coelho.
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