Marcelo e Freitas do Amaral querem substituir as actuais lideranças partidárias
Os professores Diogo Freitas do Amaral e Marcelo Rebelo de Sousa, ambos eminentes jurisconsultos e com grande visibilidade pública, têm, doravante, uma outra característica em comum: pretendem ambos mandar para "o caixote do lixo da história" duas lideranças altamente perniciosas que ocupam os partidos da actual coligação do centro-direita em Portugal, e que agravaram sobremaneira os resultados da governação em Portugal desde 2011.
Um e outro(s), com diferenças de discurso, reclamam um novo Governo. Freitas do Amaral, Mário Soares e Marcelo, todos fundadores da 3ª República, ainda que com posições distintas, traços ideológicos marcados e campos de influência sociológica variada, já há muito compreenderam que este governo é francamente mau: no todo, em parte, nas pessoas, nas políticas públicas, na forma e no conteúdo, na comunicação com a opinião pública, que utiliza a mentira e chantagem como expedientes sistemáticos para iludir os portugueses - que já deixaram de nutrir qualquer esperança neste ajuntamento de pessoas que alguns, por cortesia, ainda designam de governo.
No entanto, Marcelo é mais polido, superficial e cínico nas críticas que dirige ao governo, na medida em que tem ambições políticas a curto e médio prazos, ante o desastre comunicacional que foram as prestações de Durão Barroso aos media portugueses (Sic e Expresso), em que até advogou o tipo de Educação ministrado ao tempo de Salazar como modelo a seguir hoje pelos portugueses.
Marcelo, como eficiente manipulador, só fala do que quer, e, por isso, só coloca em agenda assuntos e temas que lhe interessam. Marcelo, nunca quis saber das causas profundas da corrupção em Portugal, raramente critica as pessoas e as instituições alegadamente acusadas de corrupção. Esta extrema cautela, que não deriva apenas da sua formação e prudência jurídica, decorre naturalmente da sua ambição política, a qual passa, naturalmente, por contar com o apoio do PSD e das suas bases. Daí o cinismo institucionalizado praticado normalmente pelo comentador-mor da república. Em excesso acaba por ser um fardo para o próprio.
Ao invés, e porque estão mais desprendidos e não têm ambições políticas, Diogo Freitas do Amaral e Mário Soares são mais francos e sinceros nas apreciações que fazem no espaço público relativamente ao cadáver adiado agrupado no XIX Governo (in)Constitucional - que continua a escavacar Portugal sob o pretexto da Austeridade imposta pela troika, e a que Passos Coelho ultrapassou pela direita nas medidas que quis, deliberadamente, executar no país e que conduziram à sua desertificação, empobrecimento e emigração que conhecemos.
Soares quer um governo novo; Marcelo pretende mexer no calendário eleitoral a pretexto da incapacidade de se chegar a um consenso entre PSD e PS; e Freitas do Amaral reclama um novo partido que anule a escassa importância patente nos 4% que actualmente vale o CDS de Paulinho Portas - com quem há anos se incompatibilizou.
Em rigor, Freitas deseja uma nova liderança no CDS, mais até do que um novo partido (que reclama), e ele bem sabe da dificuldade desse novo ente se afirmar no actual espectro partidário, é bem conhecida a história do PRD; Soares quer enterrar Passos Coelho e Portas vivos; e Marcelo, mais cínico, pretende que uma nova corrente interna no PSD desponte e ganhe importância a fim de, e em tempo útil, lhe ser mais favorável para a sua sonhada candidatura presidencial.
Todos, afinal, pretendem o mesmo: enterrar o XIX Governo (in)Constitucional, e nisto colhem o apoio da esmagadora maioria dos portugueses.
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No entanto, Marcelo é mais polido, superficial e cínico nas críticas que dirige ao governo, na medida em que tem ambições políticas a curto e médio prazos, ante o desastre comunicacional que foram as prestações de Durão Barroso aos media portugueses (Sic e Expresso), em que até advogou o tipo de Educação ministrado ao tempo de Salazar como modelo a seguir hoje pelos portugueses.
Marcelo, como eficiente manipulador, só fala do que quer, e, por isso, só coloca em agenda assuntos e temas que lhe interessam. Marcelo, nunca quis saber das causas profundas da corrupção em Portugal, raramente critica as pessoas e as instituições alegadamente acusadas de corrupção. Esta extrema cautela, que não deriva apenas da sua formação e prudência jurídica, decorre naturalmente da sua ambição política, a qual passa, naturalmente, por contar com o apoio do PSD e das suas bases. Daí o cinismo institucionalizado praticado normalmente pelo comentador-mor da república. Em excesso acaba por ser um fardo para o próprio.
Ao invés, e porque estão mais desprendidos e não têm ambições políticas, Diogo Freitas do Amaral e Mário Soares são mais francos e sinceros nas apreciações que fazem no espaço público relativamente ao cadáver adiado agrupado no XIX Governo (in)Constitucional - que continua a escavacar Portugal sob o pretexto da Austeridade imposta pela troika, e a que Passos Coelho ultrapassou pela direita nas medidas que quis, deliberadamente, executar no país e que conduziram à sua desertificação, empobrecimento e emigração que conhecemos.
Soares quer um governo novo; Marcelo pretende mexer no calendário eleitoral a pretexto da incapacidade de se chegar a um consenso entre PSD e PS; e Freitas do Amaral reclama um novo partido que anule a escassa importância patente nos 4% que actualmente vale o CDS de Paulinho Portas - com quem há anos se incompatibilizou.
Em rigor, Freitas deseja uma nova liderança no CDS, mais até do que um novo partido (que reclama), e ele bem sabe da dificuldade desse novo ente se afirmar no actual espectro partidário, é bem conhecida a história do PRD; Soares quer enterrar Passos Coelho e Portas vivos; e Marcelo, mais cínico, pretende que uma nova corrente interna no PSD desponte e ganhe importância a fim de, e em tempo útil, lhe ser mais favorável para a sua sonhada candidatura presidencial.
Todos, afinal, pretendem o mesmo: enterrar o XIX Governo (in)Constitucional, e nisto colhem o apoio da esmagadora maioria dos portugueses.
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Etiquetas: Freitas do Amaral, Marcelo Rebelo de Sousa, novos líderes
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