Vítor Gaspar vai liderar departamento de assuntos orçamentais do FMI

O ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar foi nomeado pela administração do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o cargo de director do departamento de assuntos orçamentais da instituição, lugar a que se candidatou depois de sair do Governo no Verão.

O ex-governante assume funções em Junho, 11 meses depois de deixar a pasta das Finanças no executivo de Pedro Passos Coelho.

Gaspar vai substituir no FMI o italiano Carlo Cottarelli, que se demitiu em Outubro último. A nomeação foi confirmada nesta sexta-feira pela directora-geral do FMI, Christine Lagarde, que em comunicado elogiou “as impressionantes capacidades de gestão” e a experiência política do ex-ministro a nível europeu e nacional. [...]

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Obs: Há algo de profundamente errado nestas decisões internacionais, ou melhor, no âmbito dessa estranha organização que é o FMI. Note-se que Gaspar arruinou a economia nacional, tomando medidas, durante 2 anos, que penalizaram sobremaneira empresas e pessoas, falhou todas as previsões, esfrangalhou a sustentabilidade dos pequenos, médios e grandes indicadores da economia portuguesa.

Reconheceu e assumiu isso publicamente, facto que o levou, por várias vezes, a pedir a demissão. À 3ª vez, ela foi aceite pelo PM. 

Esse é o mesmo homem que foi agora nomeado para importante cargo no FMI. O que dizer disto, senão que há uma inversão geral dos valores e princípios que deveriam presidir ao bom funcionamento das grandes OI e, ao que parece, ilustrado por esta decisão, quanto mais se falha mais rapidamente se é promovido. Gaspar é, assim, uma sub-espécie de um novo Miguel de Vasconcelos dos tempos modernos, que escavacou a economia pátria, mandou para a falência milhares de empresas, antecipou milhares de desempregos. Agora, em bom rigor, só falta acontecer-lhe o que sucedeu a Vasconcelos...

Se tal não acontece será porque, seguramente, os portugueses de gema capaz de o fazer já emigraram...

Portugal vive um dos maiores períodos da sua decadência - moral e política - com a agravante de que vive tudo isto pacífica e serenamente, como se estivesse a assistir a uma peça de Ópera bufa..

Foi este esvaziamento da capacidade de nos indignarmos que tem matado o povo português. Um processo que se acelerou exponencialmente deste 2011..