- Um ensaio interessante que merece uma leitura atenta.
Do "gesto destrutivo" à abertura do espaço: em torno do conceito benjaminiano de violência (Gewalt)
Resumo
Mais do que nunca, é urgente pensar na questão da violência e do seu poder na nossa cultura. A emergência da crise política, social e económica da Europa e a dissolução dos sistemas democráticos, tal como eles funcionavam, é evidente. Partindo da análise de algumas interpretações actuais sobre o estado da democracia (Rancière, Zizec, Nancy etc.), retomo o texto no qual Walter Benjamin procura levar a cabo uma análise da questão da violência como poder e a sua função, na aplicação do Direito e da Justiça. Tomando como base o texto “Zur Kritik der Gewalt”, que foi paradigmático nas concepções actuais da soberania e do estado de exceção (desenvolvidos por Benjamin e Carl Schmitt), tento mostrar o que Benjamin entendia por violência revolucionária, questionando o seu sentido e a sua legitimidade.
Palavras-chave
violência, revolução, direito, democracia, messianismo.
O carácter destrutivo conhece apenas uma divisa: criar espaço; conhece apenas
uma atividade: abrir caminho. Sua necessidade de ar puro e de espaço é mais forte
do que qualquer ódio (BENJAMIN, 1972a, p. 396)1
.
Mais do que nunca precisamos pensar no papel da violência e do seu poder e na função que ela tem, actualmente, nos nossos regimes supostamente democráticos. Quer na sua função de manter a ordem, a violência do direito, a jurídica [...] link
Etiquetas: Democracia, direito, filosofia política, Maria João cantinho, messianismo, revolução, violência
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