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Entendimento em Varsóvia dá nova esperança a acordo climático em 2015


Entendimento em Varsóvia dá nova esperança a acordo climático em 2015

O ex-ministro do Ambiente da Polónia, Marcin Korolec, presidiu à conferência anual das Nações Unidas sobre alterações climáticas AFP PHOTO / JANEK SKARZYNSKI
As negociações na conferência das Nações Unidas, que decorreu ao longo das duas últimas semanas em Varsóvia, na Polónia, arrastaram-se até este sábado.
A cimeira, feita de impasses e protestos de associações ambientalistas e fortemente marcada pelo efeitos do tufão Haiyan nas Filipinas, viu chegar a um ponto de bloqueio o diálogo entre os países mais desenvolvidos e os que que aspiram a desenvolver a sua economia nos próximos anos. "Mesmo à última hora, os negociadores em Varsóvia conseguiram o suficiente para manter o processo em andamento", afirmou Jennifer Morgan, do Instituto de Recursos Mundiais.
O compromisso agora alcançado desbloqueou as negociações, mas é ainda assim visto com uma formulação mais fraca comparativamente a um texto anterior que previa não apenas contribuições, mas "compromissos" por parte dos Estados, uma formulação rejeitada pela China e pela Índia. 
A China é actualmente o principal emissor de gases do efeito de estufa, à frente dos Estados Unidos e da União Europeia, e o seu rápido crescimento económico faz com que em breve se venha a comparar com o acumulado histórico das emissões dos países mais ricos do Ocidente. Em Varsóvia, a China insistiu para que os países em desenvolvimento anunciassem fortes cortes na emissão de gases com efeito estufa, permitindo às economias emergentes um maior gasto para ajudar no combate à pobreza. Já os EUA insistiram que o acordo de 2015, que será assinado em Paris, deverá ser aplicável a todas as nações do mesmo modo.
O texto de compromisso terá ainda de ser formalmente adoptado para poder ser considerado parte do Acordo de Varsóvia. Deverá igualmente incluir um outro capítulo muito disputado sobre como os países ricos irão financiar os mais pobres para lidarem com os efeitos das alterações climáticas.
Estas negociações anuais servem para preparar terreno para um acordo histórico a ser firmado no final de 2015, um acordo centrado nas reduções das emissões dos gases do efeito estufa, que entraria em vigor em 2020, e que deve permitir limitar o aquecimento a 2ºC em relação à era pré-industrial. Se as tendências actuais de emissões se mantiverem, os cientistas advertem que o termómetro global da Terra pode subir até 4,8 graus Celsius este século, uma condição favorável à ocorrência de tempestades catastróficas, secas, inundações e elevações do nível do mar que afectariam sobretudo os países pobres.
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Obs: Trabalhe-se no sentido de limitar as emissões de gazes com efeito de estufa para a atmosfera por parte dos países mais poluentes do mundo, como a China - que já viola direitos sociais e laborais e não pode, perante a passividade criminosa do mundo inteiro, tolerar que a RPC continue a violar grosseiramente os limites naturais que sustentam a vida no planeta, contribuindo directamente para a eclosão de catástrofes naturais que, por regra, acaba por nunca ter um responsável a quem se possa imputar a culpa do seu desencadeamento e que, também por regra, provoca milhares de mortos, milhões de desalojados e destrói o património e o ambiente. 

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