quarta-feira

Marktest funeraliza o CDS


Dados da Marktest

Perplexidades:


1. Pergunto-me por que razão o PS não sobe mais neste contexto recessivo, revelando-se incapaz de capitalizar o descontentamento legítimo e de crescer socioeleitoralmente. Será um problema da liderança de A.J.Seguro, do partido no seu conjunto e, em particular, do seu grupo parlamentar, das concelhias, distritais(?);

2. Pergunto-me por que razão o PSD das errâncias de todas as políticas públicas - não desce ao nível dos 18%, dado que não tem uma única classe social, corporação, grupo ou sector de actividade concordante com as suas políticas. Um partido cuja liderança bicéfala (Coelho e Portas) só sabe governar através do imposto (progressivo e constante, a configurar o esbulho e o confisco fazendo do Estado um bandido-armado, e não uma pessoa de bem, que deveria ser);

3. Pergunto-me por que razão o cds, que é uma ficção neoromântica do pós-25 de Abril, ainda não passou ao estado gasoso, de modo que o partido do táxi se converta no partido do Smart, tamanha é a sua incongruência ideológica, programática e operacional. Com tantas cambalhotas dadas pelo partido Unipessoal de Paulinho Portas - é impossível acreditar numa única palavra do partido nos próximos anos;

4. Sem a liderança de Louçã no BE este partido arrisca-se ser "opado" pela CDU, que até já faz alianças com o PSD ao nível autárquico (Loures).

Eis um conjunto de perplexidades que justificam tanta incerteza, embora não expliquem a matemática eleitoral que subjaz a esta sondagem. Assim, arrisco-me a dizer que ou as sondagens não são fidedignas, os sondados mentem ou, no limite, a indiferença dos portugueses relativamente à política, aos políticos e aos partidos está cada vez mais degradada. 


De acordo com os dados obtidos pelo Barómetro Político da Marktest de Outubro, o PS mantém a liderança em termos de intenção de voto para as eleições legislativas, alcançando neste mês 35.8%, o que significou uma descida de 0.8 pontos percentuais relativamente a Setembro.


O PSD foi segundo, com uma intenção de voto de 26.2%, menos 2.3 pontos percentuais do que no mês anterior, o que equivaleu à maior descida mensal entre as forças em análise.

Foi seguido da coligação CDU, com 16.6%, crescendo 5.1 pontos percentuais relativamente ao mês anterior. Este valor é ainda o mais elevado para esta coligação desde que acompanhamos regularmente este indicador (Julho de 2007).
O Bloco de Esquerda baixou para os 5.5%, menos 1.8 potnos percentuais do que em Setembro, cabendo 2.3% das intenções de voto ao CDS-PP , que também baixou 0.2 pontos percentuais face ao mês transacto. A estimativa de votos em Branco/Outros é de 13.6%.

Os dados divulgados pela Marktest, para além de considerarem que os indecisos e os que não quiseram expressar o seu sentido de voto apresentam uma distribuição de forma proporcional àqueles que o fizeram nesta sondagem, reflectem ainda um ajustamento do valor dos Votos Brancos/Outros tal como apresentadonesta análise.
Consulte a Ficha Metodológica deste Barómetro ou contacte-nos para mais informações sobre este assunto.

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