A saúde mental dos portugueses anda pelas ruas da amargura neste Portugal-doente. Portugal já não é uma nação, mas um cadáver adiado
Nota prévia:
O CICLO É INFERNAL: políticos impreparados e sem visão de futuro geram políticas públicas (na área da Saúde) erradas e altamente penalizantes para a qualidade de vida dos portugueses; a depressão económica gera altos níveis de desemprego, mormente entre os jovens, mas também afecta a qualidade de vida e a sanidade mental dos idosos em resultado dos cortes nas comparticipações aos medicamentos e ao acesso à saúde em geral. Um Portugal pobre, envelhecido, privado dos serviços de saúde básicos,doente e frágil não é uma nação, é um cadáver adiado. Eis os resultados líquidos do ciclo político iniciado em 2011.
RELATÓRIO PRIMAVERA 2013, link
duas faces da saúde
O Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS) cumpre, pelo décimo quarto ano consecutivo, a sua missão de analisar, de forma independente e objetiva, a evolução do sistema de saúde português e os fatores que a determinam.
O OPSS escolheu este ano como título para o RP2013
"duas faces da saúde".
Este relatório procura mostrar a situação que se vive neste momento de grave crise, onde parecem coexistir dois mundos – o oficial, dos poderes, onde, de acordo com a leitura formal, as coisas vão mais ou menos bem, previsivelmente melhorando a curto prazo, malgrado os cortes orçamentais superiores ao exigido pela Troika e a ausência de estratégia de resposta às consequências da crise na saúde da população; e um outro, o da experiência real das pessoas, em que temos empobrecimento, desemprego crescente, diminuição dos fatores de coesão social, e também uma considerável descrença em relação ao presente e também ao futuro com todas as consequências previsíveis sobre a saúde.
Perante esta clivagem parece haver uma parte do SNS que se está a degradar, mas há ainda uma outra em que a resiliência domina. Até quando?
Esta preocupante dúvida necessita de uma obrigatória reflexão que nos deverá conduzir a um SNS renovado, melhorado, modernizado e com futuro.
Coordenação: Ana Escoval, Manuel Lopes e Pedro Lopes Ferreira
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