sábado

Recupero Arendt

Já na década de 70 do séc. XX uma das maiores filósofas da centúria afirmava que nenhuma filosofia, análise, aforismo, mesmo que seja profundo nos seus termos, pode comparar-se à intensidade e riqueza do significado duma história bem contada. 

Vem isto a propósito do que será a história política e social dos últimos 25 anos em Portugal. Procura-se quem a conte com rigor, isenção e objectividade e parece não haver ninguém que a conte. E assim definha um Estado, um povo, assim se escavaca a memória duma nação que caminha alegremente para o suicídio colectivo assistido (pela Troika), com a conivência dum governo impreparado e incompetente e a cumplicidade criminosa dum presidente que apenas preside à sua imagem e interesses pessoais e de carreira. 

Mesmo para os liberais, ou para alguns deles, a crueldade (fiscal, económica, política e até cultural) que se abateu sobre os portugueses, só poderá ser aliviada pela extensão da solidariedade que o XIX Governo Constitucional jamais poderá oferecer. 


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