domingo

Hollande presidente, Sarkosy concede derrota

Nota prévia: Mais importante do que Hollande ter ganho é saber o que ele irá fazer com o poder que capturou democraticamente, especialmente na sua relação com a Alemanha no actual contexto europeu. Neste sentido, seria interessante que a nova França - agora alinhada à esquerda - se concertasse com Espanha, Itália e alguns outros países do sul - a fim de, por um lado, gizarem políticas de crescimento económico europeias, por outro, limitarem o poder hegemónico que a Alemanha de Merkel tem tido nos últimos anos - e que tem penalizado os países do sul da Europa. Ou seja, mais importante, doravante, do que ter conquistado o poder - urge saber o que fazer com ele. Esperemos que este burocrata-cinzentão compreenda os ventos da história e consiga usar o poder em prol da pessoas e não em vantagem dos mercados, como tem feito o "homem-de-saias" que tem mandado na Europa. Esperemos que este desafio não seja desperdiçado..


"França tem um novo presidente da República, é uma escolha democrática, republicana. François Hollande é o novo Presidente de França e deve ser respeitado", afirmou Nicolas Sarkozy num discurso em que concedeu a derrota face a François Hollande na segunda volta das presidenciais.
Diante dos partidários reunidos em Paris, o atual inquilino do Eliseu garantiu: "Preparo-me para voltar a ser um francês entre os franceses".
No campo de Hollande, ainda os institutos CSA, TNS Sofres, Ipsos e Harris Interactive não tinham divulgado os resultados e já o porta-voz do candidato socialista, Benoit Hamon, comentara: "É uma grande honra!".
Na sede dos socialistas a festa começou ainda antes do encerramento das urnas, às 20h (19h em Lisboa). Segundo as estimativas, a abstenção deverá rondar os 18,5%.
Os dois candidatos votaram logo de manhã. François Hollande no seu feudo e Tulle, na Corrèze (centro) e Nicolas Sarkozy no muito selecto XVI bairro de Paris.


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