quarta-feira

Destrutividade humana: traição do "eu". O desequilíbrio mental de Assange

Pergunto-me por que razão o tal fundador da Wikileaks actuou da forma como actuou: publicando informações discretas e confidenciais que colocaram em risco pessoas, bens e interesses legítimos das nações.
Ajustes de contas com uma certa América? Com os actuais dirigentes políticos nos países dos dois lados do Atlântico? Histrionismo e perturbação da personalidade que o levou a querer colocar-se no epicentro do mundo, sob os holofotes dos media globais? Estas e mais uma dúzia de razões poderiam ser alinhadas de forma justificada para explicar a demência de assange.
Contudo, há uma consideração acerca da destrutividade humana que merece aqui devida ponderação, e que radica no facto de os homens serem os únicos com a capacidade de destruir por destruir, como um fim em si. Na linha do velhinho Freud, por exemplo, a destrutividade humana decorre da própria pulsão de morte inata ou a tendências necrófilas resultantes de fixações edipianas. Mas não creio que esta teoria se aplique a Assange - cujos indícios e comportamentos de actos destrutivos, muitos deles de forma verdadeiramente gratuita (quem não sabia o que o mundo pensava de Berlusconi, Medvedev, Angela Merkel e outros!!???) parecem radicar numa outra explicação que tem origem na traição do próprio "EU".
Ou seja, Assange traiu-se a si próprio, levando demasiado longe os objectivos sociais da organização que fundou, financiou e geria de forma autoritária, segundo colaboradores seus que hoje são dissidentes e procuram criar uma organização com outra finalidade.
Assange não hesitou e trair-se a si próprio para conseguir uma quota-parte de um poder que não passa de alucinação, dum afrodisíaco, como diria Kissinger. Mas como no caso dos múltiplos crimes que a Wikileaks cometeu contra várias nações não se trata dum "fado", e cada membro da sua organização colaborou nessa violação de dados gigantesca, de forma deliberada e consciente, é de presumir que todos esses players, sob o comando de Assange, desenvolvam um ódio vitalício a si próprio.
E o mais absurdo é que numa situação destas, por incrível que pareça, em que já não há ponto de retorno, é que só a destruição ainda faz uma pessoa sentir-se viva.
Quem sabe alguma coisa de psiquiatria e de distúrbios mentais atípicos, alguns deles relacionados com o poder, há muito já compreendeu que Assange é um caso de loucura da anormalidade, ainda que no seu caso tenha procurado encobrir-se a si próprio e mascarar-se duma legitimidade através da perseguição a líderes políticos democráticamente eleitos, goste-se ou não deles.
Um teste simples que comprova a loucura e a demência de Assange reside neste exercício simples: o mundo, consabidamente, ainda alberga alguns ditadores energúmenos, como são todos os anti-democratas que pela lei da força - alicerçados em cliques militares - se mantém no poder. Nesta linha, é-nos fácil alinhar alguns desses vermes da humanidade: Fidel castro, Robert Mugabe, Kim Jong Il e outros que matam por delito de opinião, saqueam os recursos económicos das respectivas economias para engordar contas particulares na Suíça e aspectos conexos desta mafia que está muito institucionalizada em África e em alguma Ásia.
E apesar de Assange saber destes ataques à democracia - com que ele (e seus acólitos enchem a boca, até em Portugal pela mão do radical BE), a Wikileaks vai logo pensar que os inimigos da democracia estão nos EUA e na Europa.
Este argumento é a prova provada que Assange não passa dum criminoso dos novos tempos que utiliza as TIC para fazer vendettas pessoais em resultado do seu grave desequilíbrio mental e de perturbação da personalidade.
Sucede, porém, que hoje o terror se oculta por detrás de caras sorridentes e daí nasce a aparente amabilidade de um comportamento artificialmente zelador e respeitador da democracia. Por isso, tornou-se mais problemático identificar a verdadeira doença da nossa época.
Presume-se que o processo de desenvolvimento humano pode assumir dois destinos distintos: aquele que cria um mundo interior que comunica com o mundo exterior, e aquele outro que leva a uma personalidade condicionada pelo exterior - e é aqui que as pessoas renunciam ao seu interior pessoal, como no caso de Assange, que apenas via uma tremenda ameaça simbolizada pelos EUA e a Europa.
A loucura enquanto forma de protesto contra as nossas formas de organização social e política faz de Assange um psicopata dos tempos modernos que o braço pesado da lei deve sancionar. Até para exemplo e prevenção de crimes por violação grave de informação para o futuro.
A diferença entre Assange e bin laden está apenas nos meios utilizados, embora o desejo de destruição global das nossas sociedades e valores seja comum a ambos...

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