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Bloco de Esquerda aloja WikiLeaks. Era de esperar...

Bloco de Esquerda aloja WikiLeaks 07.12.2010 - 19:18 Por Maria José Oliveira Público
No site Esquerda.net começou esta tarde a ser alojado um “espelho” do site Wikileaks. O Bloco de Esquerda respondeu ao apelo de Julian Assange pela defesa da democracia, que “está a sofrer um ataque sem precedentes.
Os bloqueios do site e o fim do seu domínio principal (wikileaks.org), operado pelas empresas Amazon e EveryDNS.net, levaram a organização liderada por Julian Assange a apelar à multiplicação de “espelhos” da página. O primeiro português a aceitar o repto de Assange foi Rui Cruz (que tem um site pessoal em RuiCruz.pt).
Agora foi a vez dos bloquistas, que fizeram o mesmo através do seu portal Esquerda.net.
Em comunicado, o Bloco justifica a decisão com a necessidade de “defender a democracia, que está a sofrer um ataque sem precedentes”. “Os apelos da extrema-direita para que Julian Assange seja assassinado, o cerco financeiro que a organização está a sofrer e até a perseguição legal extremamente duvidosa a que o porta-voz da organização está a ser submetido configuram um ataque ao direito de informação, que exige uma mobilização rápida de todos os que valorizam a liberdade de expressão”, argumentam os bloquistas.
Obs: Se houve ataque feroz à Democracia, à Liberdade e à Segurança - que são valores basilares das sociedades ditas civilizadas, esse ataque partiu objectivamente do fundador irresponsável dessa erva daninha designada Wikileaks. Com agravante de hoje inúmeras pessoas, desde jornalistas com o cérebro do tamanho duma ervilha, a grupúsculos partidários de tipo revolucionário e anti-sistema, todos aproveitarem esses novos crimes informáticos para cavalgar a onda e contribuírem para combater politicamente os líderes em funções dos dois lados do Atlântico. É do poder que se trata, e não dos valores que supostamente reclamam.
Ou seja, Assange e seus camaradas, não estão efectivamente preocupados com a Democracia, eles apenas procuram veicular informação comprometedora para derrubar do poder os actuais titulares das instituições e, assim, fazerem a sua revolução no séc. XXI.
Naturalmente, o trotskista BE não poderia ficar alheio a este projecto de poder mafioso e globalitário do III milénio que amputa a democracia, a liberdade e a segurança. O PCP como é um partido mais envelhecido resiste a essa moda, além de ser perigosa.
Assange quando divulgou todas aquelas informações sabia, antecipadamente, que colocaria em perigo a vida de milhares de pessoas, hoje poderá morrer por esse acto, mas esse é o jogo que ele quis jogar até ao fim.
É como em certas touradas em que é permitido matar o touro. Quando o toureiro vai para a arena sabe que pode morrer naquela luta de poder assimétrico, mas também está investido do poder de matar o touro.
Veremos qual o desfecho deste novo crime de espionagem política, militar e civil à escala planetária que serviu apenas para minar a confiança entre os países visados, as instituições, a sociedades e os povos envolvidos.
Na Rússia ou na China, o sr. Assange já estaria enterrado há muito...
Mas o problema das democracia é terem um ventre (demasiado) mole.

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