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António Marinho Pinto reeleito bastonário da Ordem dos Advogados

António Marinho Pinto foi reeleito como bastonário da Ordem dos Advogados conseguindo 9532 votos num universo de 20.521 votantes, revelou fonte ligada ao processo. Nas eleições para o triénio 2011-2013, Fernando Fragoso Marques terminou na segunda posição, com 5991 votos, seguido de Luís Filipe Carvalho, com 3666.Público
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Obs:
Confesso que, dos trÊs candidatos, sempre apreciei mais o estilo frontal e até rebelde de Marinho Pinto. Ex-jornalista, frontal, sincero, destemido - Marinho "espuma" verdade em cada palavra, em cada poro da pele. Assumiu as guerras que tinha de assumir contra as corporações mais reaccionárias do sistema judicial português, a magistratura e os sindicatos do sector, que estão completamente descredibilizados e politizados, nas pessoas do sr. Palma e do sr. martins.
Marinho empreendeu algumas reformas - que terá agora oportunidade de concluir, como um maior acesso à justiça, mais transparência nas negociatas da formação feita pelos sindicatos - que deixa agora alguns advogados descontentes, na medida em que viviam dessas formações. Marinho irá também combater a massificação da classe em Portugal. Saliente-se que hoje existe quase tantos advogados como casos por dirimir, e isso gera uma luta fratricida dentro da classe dos advogados em Portugal.
Seria também útil que Marinho conseguisse regular a tarefa dos advogados estagiários que trabalham de borla para os seus patronos e que grandes escritórios de advogados - que todos conhecemos quais são - têm tirado partido disso de forma ilegal, indigna e selvagem. A institucionalização do exame nacional no acesso ao estágio também pode ser uma opção racional para disciplinar e requalificar o sector.
Mas, acima de tudo, e apesar do estilo estridente de Marinho, o facto de ele falar pondo o dedo na ferida e falar sem medo, constitui mais uma vantagem do que um handicap para a classe, para as pessoas que precisam de ter acesso à justiça em Portugal e, também, para com essa casta de magistrados que ainda pensa viver na idade medieval e que reclamam para si regalias, status e privilégios como se o tempo tivesse parado no séc. XIII.
A esta luz, Marinho é uma luz de verdade, de rebeldia, de forntalidade e de justicialismo que urge reintroduzir no débil sistema de justiça em Portugal, se queremos ter uma sociedade mais justa e uma economia mais moderna e competitiva.
É por este conjunto de razões que felicitamos daqui Marinho Pinto por mais esta sua vitória que, esperemos, seja também uma vitória da justiça em Portugal.

PS: GosteI de ver, recentemente, Marinho Pinto ter desmontado o jornalismo de cordel feito pela dona Manuela moura guedes em pleno directo na TVI. E isto nada tem a ver com as perseguições a Sócrates, remete apenas para o jornalismo isento, objectivo e rigoroso que Guedes nunca soube o que é, e Marinho, neste particular, prestou mais um serviço ao país. Se foi um "provedor da cidadania", como diria o advogado Filipe de Carvalho, que ficou em último lugar nesta eleição para a OA, pouco ou nada importa. O que importa é que Marinho é, a cada momento, a vox da verdade, e a verdade é, como diriam os filósofos da Grécia antiga, meio caminho para a boa consecução da JUSTIÇA - que, infelizmente, é (ainda) a excepção em Portugal.

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