«Justiça vive crise mais grave desde o 25 de Abril» - Ana Gomes
Obs: Por regra esta eurodeputada é excessiva na defesa dos seus pontos de vista, mas temos de reconhecer que neste domínio concreto da justiça quer Pinto Monteiro quer a outra senhora têm demonstrado uma falta de autoridade gritantes no desempenho dos seus cargos. Percebe-se que não têm capacidade intelectual para aquele desempenho. Ouvir 4 minutos Pinto Monteiro é confirmar a pobreza das suas perspectivas, ausÊncia total de ideias sobre a justiça, além da debilidade com que tem exercido a sua autoridade, com um excesso de exposição mediática, que se agrava com a existência de sindicatos anacrónicos num estado de direito.
A justiça precisa de um chefe que esteja no MP que tenha mundo, e não um provinciano sem ideias estruturadas sobre o sector, cuja justiça é lenta, corrupta, feudal e hiper-corporativa. Creio até que Sócrates não precisa de Pinto Monteiro nem da outra senhora para se defender, à contrário, a perpetuação destes dois players naqueles lugares cimeiros é antes o certificado de que a relação de Sócrates com a justiça irá agravar-se.
Discordo, contudo, quando Ana Gomes defende que Cavaco deverá intervir, quando é precisamente o PR que (também) tem contribuído para agravar a eficiência do funcionamento da justiça em Portugal, designadamente quando abre as portas de Belém ao sindicalista dos magistrados cujo único papel é ter conseguido transformar aquele anacrónico sindicato num partido político sem representação parlamentar.
A justiça, ou a falta dela, é hoje bem a imagem lamentável do Portugal que temos.
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