quarta-feira

«Justiça vive crise mais grave desde o 25 de Abril» - Ana Gomes

«Justiça vive crise mais grave desde o 25 de Abril» - Ana Gomes.
A eurodeputada socialista disse, esta quarta-feira, que «a justiça vive a crise mais grave desde o 25 de Abril» e pediu a intervenção do presidente da República, alegando que está em causa a confiança dos portugueses na justiça.
«Não é possível continuar a fechar os olhos e dizer que o problema não existe. Mas existe e é grave, põe em causa o Estado de Direito, portanto quem é principalmente responsável o Presidente da República e o Governo também, têm que fazer alguma coisa para corrigir isso», declarou Ana Gomes à TSF.
«É evidente que tem que haver respeito pela separação de poderes. O problema é que há um poder, que é a justiça, que está claramente disfuncional. Portanto, o Presidente da República não pode dizer que o problema não existe», acrescentou a eurodeputada.

Obs: Por regra esta eurodeputada é excessiva na defesa dos seus pontos de vista, mas temos de reconhecer que neste domínio concreto da justiça quer Pinto Monteiro quer a outra senhora têm demonstrado uma falta de autoridade gritantes no desempenho dos seus cargos. Percebe-se que não têm capacidade intelectual para aquele desempenho. Ouvir 4 minutos Pinto Monteiro é confirmar a pobreza das suas perspectivas, ausÊncia total de ideias sobre a justiça, além da debilidade com que tem exercido a sua autoridade, com um excesso de exposição mediática, que se agrava com a existência de sindicatos anacrónicos num estado de direito.

A justiça precisa de um chefe que esteja no MP que tenha mundo, e não um provinciano sem ideias estruturadas sobre o sector, cuja justiça é lenta, corrupta, feudal e hiper-corporativa. Creio até que Sócrates não precisa de Pinto Monteiro nem da outra senhora para se defender, à contrário, a perpetuação destes dois players naqueles lugares cimeiros é antes o certificado de que a relação de Sócrates com a justiça irá agravar-se.

Discordo, contudo, quando Ana Gomes defende que Cavaco deverá intervir, quando é precisamente o PR que (também) tem contribuído para agravar a eficiência do funcionamento da justiça em Portugal, designadamente quando abre as portas de Belém ao sindicalista dos magistrados cujo único papel é ter conseguido transformar aquele anacrónico sindicato num partido político sem representação parlamentar.

A justiça, ou a falta dela, é hoje bem a imagem lamentável do Portugal que temos.

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