quarta-feira

Estado veta venda da Vivo com uso de "golden share"

Estado veta venda da Vivo com uso de "golden share" tsf
Estado vetou a venda da Vivo à Telefónica, contrariando o sentido de voto da maioria do capital presente na assembleia-geral desta quarta-feira.
O representante da posição estatal na PT, anunciou na assembleia-geral que votaria contra a venda da Vivo à Telefonica utilizando a "golden share".
Esta decisão fez com que o presidente da mesa da assembleia-geral da PT desse como terminados os trabalhos, após ter aceite o voto do Estado que inviabiliza, para já, o negócio.
Esta foi a primeira vez que o Estado usou as 500 acções de classe A, que lhe permitem vetar decisões estratégicas para a empresa, depois de a maioria dos accionistas ter aceite a proposta espanhola.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da PT, Jorge Félix, 700 milhões de acções votaram a favor do negócios, enquanto que 500 milhões abstiveram-se, enquanto 200 milhões votaram contra. [...]
Obs: O Estado foi coerente com posições anteriores, o que prova que não anda a fazer bluf, pois não lhe interessa apenas facturar como, porventura, será do interesse imediato dos accionistas - contra quem o Estado votou, o que é nédito. Creio que, dessa forma, o Estado estará a acautelar interesses nacionais permanentes ligados à defesa e promoção da economia nacional, intra e extra-muros, ainda que isso implique que a Telefonica recorra aos tribunais e ponha o direito comunitário à baila...
De certo modo, ainda bem que isto sucedeu, pois também se dissolve a eventual ligação estreita que alguns supunham existir entre a administração da PT e o Governo. Além de que o PM reconhece que a Vivo representa no séc. XXI aquilo que o comércio das índias representava para a metrópole portuguesa em 1500.
Enfim, ainda a procissão vai no adro neste intricado jogo da história - que termina quase sempre de forma surpreendente...

Etiquetas: , ,