segunda-feira

Cavaco apagou o affair "Escutas" de S. Bento a Belém a apropriou-se duma ideia do Governo...

Cavaco: mar e indústrias criativas são novas oportunidades do país Por Lusa, PÚBLICO
Na comemoração dos 36 anos do 25 de Abril, o Presidente da República salientou hoje a importância de o país conseguir aproveitar as novas oportunidades, especialmente o mar e as indústrias criativas, a fim de enfrentar os momentos difíceis.
Reconhecendo que “Portugal vive uma grave crise, que é de todos conhecida”, Cavaco Silva lançou o repto de conseguirmos aproveitar as oportunidades oferecidas pelo mar e pelas indústrias criativas.
“Os portugueses perguntam-se todos os dias para onde é que estão a conduzir o país”, notou o Presidente da República. A fim de não “perder tempo” e para enfrentar uma “concorrência que será implacável”, o país precisa de “repensar a sua relação com o mar e as formas como explora as oportunidades que este dá”. Cavaco Silva considera que “importa afirmar a ideia de que o mar é um activo económico maior do nosso futuro” e que “o mar se deve tornar na verdadeira prioridade da política nacional”.
Mas as indústrias criativas também são muito necessárias, com a criação de centros de excelência e pólos de conhecimento em várias cidades, como Lisboa e Porto.
"Potencial que o país não pode desperdiçar"
No entanto, o Presidente alertou para o problema do “número de jovens que partem de Portugal”. Este é "um potencial que o país não pode desperdiçar" e constitui-se como um exemplo dos tempos difíceis.
O Presidente da República alertou para a persistência de desigualdades sociais, sublinhando a existência de situações de privação ao lado de “casos de riqueza imerecida que nos chocam” e lembrando os rendimentos dos altos dirigentes de empresas.
A este propósito, o Presidente da República recordou uma passagem da sua mensagem de Ano Novo em 2008, quando referiu que “sem pôr em causa o princípio da valorização do mérito e da necessidade de captar os melhores talentos, interrogo-me sobre se os rendimentos auferidos por altos dirigentes de empresas não serão, muitas vezes, injustificados e desproporcionados, face aos salários médios dos seus trabalhadores”. Acima de tudo, considerou, “o país precisa de desígnios que lhe dêem mais coesão”.
Obs:
Cavaco mostrou como é que pegando em dois ou três "ovos mexidos" faz uma omelete para um batalhão. Foi aos descontentes, como a fuga de cérebros/emigração económica, salários escandalosos do Mexia & Compª, e dramatizou; depois apanhou uma ideia do Governo - de lançar a economia do Mar, que Ernani Lopes já vem falando há uma década, e pulverizou a ideia juntamente com as indústrias criativas. Com umas pitadas de muito Norte e muito Porto.
Resultado: a salada russa ideal para Cavaco catalizar a base de apoio sociológica para federar os descontentes, apagar da memória a sua tentativa de abater politicamente o PM via inventona das escutas de S. Bento a Belém, remeter para o caixote do lixo da história o poeta Alegre e, assim, abrir alas para entar no Palácio Rosa em 2011.
De súbito, vemos um Cavaco aquático mui defensor da economia do Mar e da pesca do bacalhau (talvez pelo apego aos carapaus alimados, como me diria um amigo); e um Cavaco artesanal falando de indústrias criativas.
Amanhã um assessor de física ventilha-lhe que é necessário apostar nas indústrias do espaço, e lá veremos Cavaco propor imediatamente o lançamento do Po-Sat III para o espaço, numa espécie de reedição de Guerra das Estrelas para conquistar cota de mercados e, assim, eliminar o nosso défice orçamental, inflação e peso da dívida pública.

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