quarta-feira

Política vs jornalismo

Nuno Santos diz que as coisas não se passaram como Crespo as descreve
PÚBLICO
O director de Programas da SIC discorda da forma como Mário Crespo relatou o teor da conversa com José Sócrates e os ministros Pedro Silva Pereira e Jorge Lacão.
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Obs: Os governos procuram sempre ter uma opinião pública (e publicada) favorável, os jornalistas procuram sempre - quase sempre - desenvolver uma cultura anti-poder: ou porque não gostam de quem ocupa o poder ou porque não foi beneficiado por ele. Aqui o importante é reconhecer que a responsabilidade é mutua e ninguém está isento de responsabilidades.
Há governantes que já abusaram do seu poder, designadamente na tutela com a CS (uma área apetecível), e também há jornalistas tendenciosos que tudo fazem para desferir criticas ao poder e agradar à oposição. Jornalista que se preze não se deixa instrumentalizar pelos partidos da oposição contra o partido do poder; governante que se preze jamais condicionará os jornalistas no seu exercício profissional, o problema é que Portugal é uma aldeia e os gabinetes ministeriais estão colonizados de jornalistas e/ou assessores de imprensa, alguns dos quais, talvez por escreverem mal e serem, de facto, maus jornalistas (leia-se, tendenciosos, parciais e pouco objectivos na busca da verdade dos factos) - até se prestam a intentarem golpes de estado constitucionais contra um PM em funções, alicerçando essa inventona numas falsas escutas do governo a Belém, como fez um assessor de imprensa de Belém.
Portugal é ainda uma grande aldeia, e em inúmeros aspectos, confessemos, cheira muito mal. Parece que aqui de pouco servem os códigos deontológicos, tamanha é a promiscuidade entre jornalismo e política, além de que em privado cada um de nós pode dizer o que entender.
PS: "Parabéns" ao cds/pp, consegue convidar um jornalista para dissertar sobre política norte-americana quando sabe, à priori, que o tema da comunicação é outro, muito outro. Até parece que o cds de portas está novamente a negociar o OE para 2010, tentando ser mais papista que o Papa no seu demopopulismo neoliberal. Isto ainda é mais perverso do que qualquer outra coisa, mas é assim que Portas faz política em Portugal, recorrendo aos seus velhos truqes de "raposa" do jornalismo politico-partidário ainda reinante entre nós. O que é ainda mais reprovável.