Escutas . por Joaquim Vieira - Provedor do leitor do jornal Público -
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Provedor do leitor do jornal Público exige sinais de isenção
O provedor do leitor do jornal Público, Joaquim Vieira, retoma este domingo o caso do email trocado entre jornalistas do jornal e que fez a manchete no Diário de Notícias (DN), na passada quinta-feira. Neste artigo, Joaquim Vieira faz alguns reparos à forma como o Público conduziu a investigação e exige sinais de isenção.
No artigo de opinião sempre escrito na terceira pessoa, o provedor do leitor, Joaquim Vieira, conclui que houve graves erros jornalísticos em todo o processo e dá um exemplo: «o Público permitiu que o guião da investigação fosse ditado pela Presidência da República».
O provedor denuncia também no seu artigo de opinião que a sua correspondência electrónica foi «vasculhada sem aviso prévio» e questiona se a actuação do Público no caso das escutas de Belém não obedece a uma agenda política oculta.
«Na sexta-feira, o provedor tomou conhecimento de que a sua correspondência electrónica, assim como a de jornalistas deste diário, fora vasculhada sem aviso prévio pelos responsáveis do Público», escreve Joaquim Vieira.
O provedor acrescenta que os esforços para contactar o assessor de José Sócrates, que terá incomodado a comitiva de Cavaco Silva, durante a visita à Madeira, foram escassos.
Joaquim Vieira relata ainda que foi o próprio director do jornal Público a reconhecer um erro ao tentarem o contacto com o adjunto de José Sócrates para a presidência do Conselho de Ministros, quando se sabia que é em São Bento o local de trabalho de Rui Paulo Figueiredo.
O provedor entende que do comportamento do jornal Público, na elaboração da notícia de 18 de Agosto sobre eventuais escutas de Sócrates ao Cavaco Silva, resultou uma atitude objectiva de protecção da Presidência da República, que foi a fonte da notícia.
Joaquim Vieira questiona também se existirá uma agenda política oculta na actuação do jornal e exige sinais de isenção, que devem ser demostrados com actos e não apenas por eloquentes declarações.
João Francisco Guerreiro
Obs: Alguns jornalistas, como é referido acima, têm fortes motivações políticas. o Sr. Fernandes, director do jornal Público da Sonae, é um desses players que viola sistemática a sua deontologia para, directa ou indirectamente, fazer ataques políticos ao Governo socialista liderado por Sócrates e, assim, agradar ao seu patrão, Belmiro de Azevedo, dono da referido jornal. Este é um raciocínio tão básico quanto linear, mas verdadeiro. Fernando Lima, outro jornalista e assessor de Cavaco em Belém, também deu uma perninha a este arraial de intriga, perfídia e incompetência com o fito de destabilizar o Governo e ajudar Manuela Ferreira Leite a posicionar-se na pool position para S. Bento. De caminho, Belém tentou crucificar um assessor de S. Bento, e agora Joaquim Vieira, com isenção, lucidez e inteligência põe os pontos nos "ii" nesta trapalhada engendrada por Belém e que é resultado das sequelas da humilhação política sofrida com a forma como decorreu o diferendo acerca do Estadtuto dos Açores. Numa palavra: o Sr. Fernandes do Público deve ser demitido do jornal que dirige; Belém deve sofrer políticamente a censura dos portugueses por recorrer à insídia e à mentira ardilosa para montar ciladas ao Governo e (tentar) meter em S. Bento Ferreira Leite; e a classe jornalística deveria aprender alguma coisa com esta lamentável estória cujo epicentro foi a intrigalhada do Palácio Rosa que, por suspeitas de alegadas actividades de espionagem à portuguesa, em vez de remeter o caso para o Ministério Público limita-se a brincar aos comunicados emitidos por Belém. Cavaco, que deve desconhecer o significado da palavra Watergate, fica muito mal nesta estória, não só traíu a confiança que muitos portugueses nele depositaram como abriu mão de métodos lamentáveis em política para ajudar amigos políticos a capturar o poder à margem daquilo que deverá ser sempre a conquista do voto por via democrática. Cavaco bateu no fundo, pois parece desconhecer, pela ignorância política que denuncia acerca do funcionamento das instituições, o que é o estado de direito e para serve. Assim, pergunto-me se servirá para continuar a ser PR e a, supostamente, representar os portugueses?!
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