Razões de chumbo a Manuela Ferreira Leite nas eleições legislativas. Revista Sábado
É sabido que a Sr.ª Manuela Ferreira Leite não tem vocação, perfil e projecto para o PSD. Não reunindo estas qualidades só muito difícilmente poderá ser uma líder eficiente para o país. O seu programa político, do que é conhecido, revela um desfasamento total com a realidade socioeconómica do país: recuo do Estado-social, defesa das privatizações, "rasgar" projectos que exijam investimentos públicos, "Não" ao TGV, não ao apoio às grandes empresas (só vale apoiar as PMEs), enfim, um conjunto de indicações que, a serem levadas a sério pelo mercado, redundariam em distorção das condições em que o mercado opera, e isso significaria mais injustiças sociais, mais pobreza, mais desemprego e mais conflitualidade social. Ou seja, ficaríamos pior do que já estamos.
Por outro lado, Ferreira Leite não tem cultura política, debate com dificuldade, é pouco articulada, deixa uma imagem de confusão nas medidas que apresenta, mistura impostos (IRC com IRS), tem uma ideia paroquial do Portugal moderno, reclama o regresso da ditadura para fazer reformas no país, não tem uma imagem moderna e desenvolvimentista da Europa (senão, não diria as idiotices que diz relativamente a Espanha), enfim, Leite é até ridicularizada por Francisco Louçã - que nenhuma utilidade analítica vê nas suas opiniões.
Isto significa que se, por um erro ou fatalidade do destino, os portugueses cometessem o erro crasso de eleger este PSD, a possibilidade do campo das ilusões aumentar seria ampliado, com os estrangulamentos que daí adviriam para o país e para os portugueses.
Ferreira Leite é, no fundo, a reencarnação do fatalismo, da rejeição do risco, da aceitação do destino, da atitude de vitimização, da estruturação do poder mediante a soberania do mercado, do lucro e do dinheiro, porventura, defensora dum Estado neoliberal, amigo e amante dos empresários e adversário do sistema nacional de saúde, da segurança social, tudo serviços sociais que desejaria privatizar e ver cotados em bolsa.
Leite em S. Bento abateria a classe média em 90 dias de (des)governação. Seria um período ininterrupto de funerais de empresas e destruição de valor económico e social.
A Sr.ª Ferreira Leite é, na realidade, uma espécie de veneno-político para Portugal. Com ela no poder, Portugal morreria de alguma forma: da sua imagem política ou das falsas medidas que pretensamente deseja tomar.
Deus nos livre da madrinha do António Preto, que, para agravar a sua proclamada idoneidade, até se dá ao luxo de indicar para deputado à Assembleia da República deputados corruptos ainda a contas com a justiça. O que é profundamente lamentável.
Se Sá Carneiro cá regressasse morreria outra vez, com o mal que esta gente anda a fazer ao PSD por si fundado. ______________________________________ A EQUIPA DA LÍDER MANUELA FERREIRA LEITE. A SERIEDADE DA LÍDER ESTÁ AQUI, LAMENTAVELMENTE, BEM PATENTE.
Exclusivo da Revista Sábado (Link)
Manuela Ferreira Leite não respondeu às questões enviadas pela SÁBADO.
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