Rangel e a queda da Ponte. Lopes da Mota affair
Rangel diz que Governo «está a prejudicar a imagem de Portugal» ao manter Lopes da Costa no Eurojust
O cabeça-de-lista do PSD às eleições europeias, Paulo Rangel, disse este domingo que o Governo «está a prejudicar a imagem de Portugal» ao manter Lopes da Costa na presidência do Eurojust.
O social-democrata disse que «neste momento há um grande mal-estar na Europa com esta situação [do processo disciplinar que foi movido a Lopes da Mota pelo Conselho do Ministério Público por alegada interferência no caso Freeport] e acusou o Governo de José Sócrates de não «acautelar os interesses de Portugal».[...]
Obs: Só faltou ao exagerado Rangel afirmar que a manutenção de Lopes da Mota no Eurojust até faz perigar a reeleição de Durão na Comissão Europeia...
É óbvio que Lopes da Mota é hoje mais um embaraço do que uma mais-valia, mas recordamos aqui que vivemos num estado de direito, com separação de poderes e que o sr. Mota depende hierarquica e funcionalmente do PGR, Pinto Monteiro, que, em função do resultado do processo disciplinar, deve actuar em conformidade.
E, num 2º termo, o Governo deve ou não reconfirmar o nome no lugar ou tirar-lhe a confiança. É simples.
Mas o espesso Rangel, que é jurista e deveria saber respeitar o referido rule of law, além de não ter programa para a Europa converteu este caso, assim como o cds/pp, numa espécie de "ponte entre-os-rios" (com o devido respeito pelas vítimas e seus familiares) da oposição para cavalgarem a onda das europeias e fazer estragos socioeleitorais no PS. E se a ponte 25 de Abril caísse melhor ainda, aproveitar-se-ía logo para Rangel e Nuno melo virem a terreiro afirmar que Sócrates, aos 14 anos, tinha apoiado Salazar na construção da referida ponte que une as duas margens do rio Tejo.
É óbvio que o zé povinho não é parvo, como rangel e Nuno melo querem fazer crer com este psicodrama, e sabe esperar que Pinto Monteiro confirme (ou não) Lopes da Mota no cargo que hoje ocupa. Por isso pergunto-me aqui se rangel e melo acham mesmo que este psicodrama, manifestamente exagerado, na razão inversa dos respectivos programas eleitorais para a Europa, vale alguns votinhos sabujos nas suas contabilidades eleitorais às europeias...
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