Alegre acaba com tabu sobre continuidade no PS esta sexta-feira
Manuel Alegre quebra, esta sexta-feira, o tabu sobre se continua no PS. Depois de duas semanas de silêncio, sem quaisquer declarações de apoio ou provocações, nem a própria família sabe que decisão o histórico socialista vai tomar. (..) Obs: Durante meses o poeta-deputado Manuel Alegre não tem feito outra coisa senão andar com um revólver apontado à cabeça do PS e do seu secretário-geral. O objectivo dessa chantagem política é obter do PS a anuência para satisfação de objectivos concretos ou múltiplos: apoio à presidência da Assembleia da República (quando Jaime Gama se reformar como embaixador da ONU), apoio do PS para Belém (fora de prazo e sem nenhuma hipóetese) ou ainda manter um mini-grupo parlamentar alegrista no Parlamento. A possibilidade de Alegre ser ministro da Cultura seria também uma hipótese curiosa para a República. Talvez assim os seus livros se passassem a vender. É assim que Alegre procurou converter o seu milhão de votos nas últimas eleições presidenciais na chantagem ao PS, o seu partido de sempre. Portanto, Alegre, na prática, tem estado a chantagear o seu próprio partido, no limite, Alegre tem sido adversário de si próprio. Como não teve coragem para sair ou coligar-se formalmente com o BE, com quem andou a conspirar pelas esquina da capital, mais logo irá dizer que fica no PS, os seus ideais de Abril mantém-se e que deseja o melhor para o País. As balelas do costume. No fundo, mais logo o poeta irá dar-nos com o stradivarius. E todos chegaremos à brilhante conclusão que os desertos estão repletos de areia e os aceanos cheios de água. A montanha parirá um rato. A excepção a isto é enganar-me. Se assim for cá estaremos para corrigir a rota. Embora Alegre seja um homem demasiado previsível: nas palavras e nas acções. Era até de prever que Alegre nem uma palavrinha proferisse na sequência dos biqueiros que Vital Moreira levou a semana passada por uns energúmenos afectos à CGTP e ao PCP, o que no caso é exactamente a mesmíssima coisa. Veremos como decorrerá a emissão "radio-argelina" nesta novela sul-americana com traços de ópera bufa.
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