Take That, Tears for Fears e A-ha. Evocação de René Char. O carnaval
Tears for Fears - Everybody Wants to Rule the World (live)
Tears for Fears - Shout (live)
a-ha hunting high and low live
O CARNAVAL: A PALHAÇADA MAIS TRISTE QUE CONHEÇO...
Na tradição do carnaval... os doentes preparam fatos e máscaras. Os médicos, os enfermeiros e os doentes reúnem-se disfarçados na sala de festas. No final da festa, toda a gente atira a sua máscara para uma grande fogueira onde é imolada a personagem do Carnaval. De facto, Foucault tinha razão acerca desta palhaçada institucionalizada que apenas serve para nos justapor uma camada de representação áquela que já temos naturalmente. No fundo, é uma estranha cerimónia, uma festarola de loucos e de indigentes mentais que nos evoca uma festa de mortos e que a mentira, se for bem mascarada, pode convidar a que nunca se tire a máscara. O carnaval é assim uma espécie de festa dos sem festa, um simulacro de alegria dos tristes, um convite à imaginação e à criatividade daqueles que, no fundo, só conhecem esses conceitos por recurso à palhaçada. O carnaval, em todo o seu esplendor, é assim um resíduo, um sub-produto do homem de que o Al berto Jardim da Madeira, tristemente, representa o paradigma invertido. O carnaval é, pois, esse encontro de "cúmplices desconhecidos" para animar a festa e dar pão e circo ao zé povinho. No fundo, o carnaval é, paradoxalmente, uma tristeza sem cor nem alegria. Tudo o mais é representação forçada e animada sob o peso do interesse económico e simbólico das nações.
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