quinta-feira

Notas do tempo que passa e da memória que fica. 7 seconds...

in Barbearia do Sr. Luís, LNT
O muito estimado Porfírio Silva defende na sua Machina Speculatrix o conceito de voluntariado, neste caso, dos professores aposentados.O conceito e a ideia têm toda a razão de ser porque o voluntariado estruturado é uma participação cívica de alto nível que serve a sociedade e os voluntários agregando vontades e aproveitando competências. A displicência sobre o aproveitamento do saber e experiência dos mais velhos é uma insanidade a combater no pensamento global que hoje se instalou com a ditadura da juventude bela e saudável. [...]
Obs: Recordo alguns professores que tive quer no Pedro Nunes quer no M.ª Amália - ambos já de considerável idade mas, na realidade, foi com esses que aprendi mais e melhor. Creio que essa ideia do voluntariado já existe em "universidades-seniores", embora sem grande sucesso ou carreira entre nós. Depois nas universidades por onde passei também pouco ou nada aprendi. O auto-didatismo ajudou e compensou, mas hoje seria um tesouro para o País poder recuperar "uns" - Agostinho(s) da Silva - para repensar o País e equacionar a economia, a organização do trabalho e até a configuração das constelações sociais que hoje abanam diante tanta crise. Ou seja, como hoje se vive mais tempo, é-se jovem e sénior durante (também) mais tempo, embora a vantagem de racionalizar o saber dos mais velhos para repensar o País talvez fosse pertinente na medida em que se repensaria tudo à luz duma matriz cultural, e não em função das mais-valias que a geofinança hoje a todos impõe. Também aqui a "idade" faria variar o paradigma que, do vértice das nossas instituições, repensaria o País. Se buscarmos hoje um único filósofo importante com ideias úteis para Portugal - também não o localizamos. A globalização competitiva - esgotou os paradigmas, secou-nos... E o mundo também já está todo "globalizado". Hoje, "áfricas e brasis" - só cá dentro. Ainda assim valeria a pena fazer um esforço em identificar necessidades e potencialidades entre Portugal e os chamados PALOP. Afinal, que política temos em matéria de Lusofonia?! Repensar esta nova relação implicaria, creio, relançar os contactos culturais, políticos, diplomáticos e outros entre nós e a África de expressão portuguesa. Neste quadro de necessidades recíprocas, estou certo que quer o MNE, o ME, o M. da Saúde e muitas outras instituições e departamentos públicos e privados - muita cooperação e oportunidades de emprego, negócios e projectos comuns se poderiam delinear no futuro imediato. E aqui os quadros mais velhos e experientes dos diversos organismos poderiam ser chamados a participar e, quem sabe, emprestar um novo conceito operacional aos enunciados acima evocados pelo Porfírio Silva e Luís Novais Tito. Afinal, qual é, hoje, o verdadeiro significado desse velho conceito - lusofonia (já liberto da teia colonial)?! Se estivermos à espera que o Luís Amado no MNE faça algo que também compete à sociedade civil dinamizar, bem poderemos esperar sentados...
Youssou N'Dour & Zazie - 7 Seconds (live)
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